O dia foi de celebração neste sábado (23) para 45 casais que participaram da 12ª edição do Casamento Coletivo da construção civil, realizado em parceria pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção (Marreta) e Universidade Salgado de Oliveira (Universo). A festa aconteceu no auditório da Universo, com direito a vestido de noiva, buquê, maquiagem e bolo.
Por conta do impacto da crise na construção civil, o casamento não aconteceu em 2016, mas voltou com força este ano. Além de a Universo ter se integrado à iniciativa, nessa edição os casais já saíram da festa com a certidão de casamento nas mãos. Antes era preciso ir ao cartório fazer o registro. Os casais também terão um dia de lua-de-mel no Sesi em Tamandaré.
“Nosso sentimento é de dever cumprido, de garantir cidadania a esses trabalhadores e de dar às esposas um casamento decente como o da filha do patrão”, diz a presidente do Marreta, Dulcilene Morais. Para realizar o casamento coletivo são selecionados trabalhadores e trabalhadoras de empresas associadas ao Sinduscon. “Sabemos que a mudança tem que vir de nós mesmos. Não adianta ficar o tempo todo esperando por governos. Por isso, o sindicato desenvolve uma série de programas de responsabilidade social, dentre eles o casamento coletivo”, destaca o presidente do Sinduscon-PE, José Antonio Simón.
Pela primeira vez realizado na Universo, o casamento coletivo contou com a participação dos alunos de Direito da universidade. “Os estudantes fizeram parte do processo de organização dos documentos e dos proclamas”, diz o diretor geral do Campus Recife, Ubirajara Tavares, lembrando que a universidade já costumava realizar casamentos coletivos com a população do entorno, mas numa escala menor.
SONHO
Mara Silvana de Sena Rosa, de 22 anos, ficou surpresa quando seu companheiro Ricardo Diniz chegou em casa dizendo que eles iam se casar. Depois de 8 anos juntos e três filhos, ela já tinha desistido de realizar o sonho de casar vestida de noiva, véu e buquê. “Fiquei muito feliz. Se não fosse assim jamais teria condição financeira de fazer um casamento como esse. Tive um dia de princesa. Desde cedo começamos os preparativos. Arrumei o cabelo, fiz maquiagem. A loja de aluguel de roupas de noiva também nos ajudou a escolher o vestido e orientar sobre acessórios e penteado. É um dia de grande emoção, que nunca mais vou esquecer”, diz a recepcionista, expressando um sentimento coletivo.
