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Grupo de extermínio Thundercats é julgado nesta terça-feira

Oito integrantes da quadrilha que foi desbaratada em 2007 serão julgados. Dentre eles está o chefe do grupo

Do JC Online
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Publicado em 04/06/2013 às 9:05
Foto: Alexsandro Auller / Acervo JC Imagem
Oito integrantes da quadrilha que foi desbaratada em 2007 serão julgados. Dentre eles está o chefe do grupo - FOTO: Foto: Alexsandro Auller / Acervo JC Imagem
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O julgamento do grupo de extermínio que assombrou o Recife e Região Metropolitana por vários anos é retomado nesta terça-feira (4). Adiado por um pedido do advogado de um dos réus, o julgamento de oito dos 12 réus deveria ter acontecido no último dia 21 de maio, mas o jurista alegou alta de tempo suficiente para analisar o caso. O novo julgamento ocorre a partir das 9h.

O júri desta terça-feira diz respeito aos assassinatos de Luciana Barros da Silva, morta em março de 2007, depois de denunciar a quadrilha, e Tiago Corte Real Sales, assassinado em 26 de julho de 2006. Serão julgados José Marcionilo da Silva - conhecido como Tiago e chefe do grupo -, Humberto Dias da Silva (Beto), Anderson Leonardo Nunes Cunegundes (Salsicha), Gerlando Feliciano da Silva (Ninho), Everaldo Lima de Souza (Mago), Anderson de Oliveira Mendonça (Bochecha), José Jairo de Moura Cavalcanti e Aluisio Sandro de Lima (Sandro).

O grupo agia com ações de extermínio, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, assaltos, assassinatos e extorsão dos moradores de diversos bairros, como os de Cavaleiro, Milagres, Jardim São paulo, Pacheco, Totó, Coqueiral Barro, Areias e San Martin.

“A quadrilha atuava em forma de empresa, com cada um executando um papel diferente, com ocupações específicas”, disse o promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) responsável, José Edivaldo da Silva. Além dos oito réus, que vão a júri por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha, serão ouvidas três testemunhas.

CRIME - Luciana Barros da Silva foi assassinada com dez tiros pelos Thundercats em 2007, pois havia colaborado com a polícia, repassando informações sobre a atuação do grupo. Sua morte violenta ocorreu na frente de seus cinco filhos e pais.

Os Thundercats foram descobertos pela inteligência da Polícia Civil em janeiro do mesmo ano. Na época, a Operação Ponta do Iceberg descobriu que policiais militares, soldados da Aeronáutica, delegados, agentes de polícia civil e comerciantes faziam também parte do grupo. Cerca de 15 integrantes já estão presos.

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