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Mulher é presa sob suspeita de cárcere privado e compra de criança em Olinda

A suspeita tem 54 anos e trabalha como contadora na Assembleia Legislativa de Pernambuco

Do JC Online
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Publicado em 07/05/2014 às 12:05
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Atualizada às 12h45

Uma mulher foi presa em flagrante sob acusação de manter em cárcere privado a filha adotiva de 15 anos. A prisão ocorreu na noite da última terça-feira (6), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Segundo a polícia, a jovem contou que era encarcerada em casa devido à sua opção sexual por mulheres. A suspeita, que tem 54 anos e trabalha como contadora na Assembleia Legislativa de Pernambuco, ainda está sendo investigada pela denúncia de uma susposta compra de criança.

A polícia só tomou conhecimento do caso, porque a adolescente conseguiu fugir pelo telhado de casa e recebeu os cuidados de uma vizinha. Com a ajuda da mulher, a adolescente procurou Conselho Tutelar de Olinda, onde registrou a queixa. Além de cárcere privado, a jovem denunciou a mãe adotiva por tortura física e psicológica.

Segundo o conselheiro tutelar Luiz Carlos Cândido, a casa era repleta de grades para evitar a fuga da menor, que estava encarcerada há cerca de um ano. O conselheiro afirmou ainda que a suspeita não tem a documentação da adoção da adolescente. "A adolescente está com esta mulher desde que era bebê, mas não há nenhuma documentação que autorize a adoção. Ela conseguiu, através de meios escusos, se colocar como mãe da jovem na certidão de nascimento, mas isso será investigado", declarou Cândido.

Ao chegar à residência da adolescente acompanhado da Polícia Militar, o conselheiro tutelar encontrou a suspeita com uma criança de 2 meses de idade. O bebê não possuía nenhuma documentação. A jovem contou ao Conselho Tutelar que a mãe adotiva teria comprado a criança em Jaboatão dos Guararapes por R$ 1,8 mil. A irmã gêmea desse bebê também teria sido vendida a uma amiga da suspeita.

"A adolescente disse que viu quando um casal entregou o bebê à suspeita em casa. Ela não tem a documentação dessa menor. A gente vai investigar, porque temos a informação de que era um casal de gêmeos. Outra pessoa comprou a outra criança", declarou o conselheiro tutelar.

O delegado responsável pela investigação é Gilmar Rodrigues, titular da Delegacia de Casa Caiada. Ele informou que a mulher será indiciada por cárcere privado, mas que já deu início às investigações sobre a denúncia de compra de criança. Ainda foram levantadas suspeitas sobre possíveis irregularidades no processo de adoção da adolescente. O bebê e a adolescente foram encaminhados para um abrigo. A acusada foi recolhida para a Colônia Penal Feminina do Recife, onde está à disposição da justiça.

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