Maus-tratos

Menina passa bem após cirurgia para retirada de larvas de mosca na cabeça

Criança foi resgatada com a irmã no último sábado depois que vizinhos perceberam que elas eram vítimas de maus-tratos

Do JC Online
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Publicado em 28/10/2015 às 21:10
Foto: Reprodução/ TV Jornal
Criança foi resgatada com a irmã no último sábado depois que vizinhos perceberam que elas eram vítimas de maus-tratos - FOTO: Foto: Reprodução/ TV Jornal
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A menina de quatro anos que foi encontrada com piolhos e larvas de moscas na cabeça em Rio Doce, Olinda, passa bem após ser submetida a uma pequena intervenção cirúrgica no Hospital Maria Lucinda, na Zona Norte do Recife. De acordo com a unidade de saúde, a criança deve ter alta nesta quinta-feira (29).

A garota morava com a mãe e uma irmã de oito anos. As meninas foram resgatadas por vizinhos no último sábado (24), quando eles notaram que elas eram vítimas de maus-tratos. O Conselho Tutelar da cidade foi acionado e afirmou que elas estavam cheias de piolhos e que a mais nova tinha inclusive tapurus na cabeça por falta de higiene.

“Levamos a menina para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olinda, passamos quase duas horas lá, mas fomos informados que o procedimento não seria realizado no local. De lá, seguimos para o Hospital Tricentenário, mas não tinha pediatra na unidade. Um médico de outra área foi que a encaminhou para o Hospital da Restauração, no Recife, onde ela de fato foi atendida”, explicou o conselheiro tutelar Eurico Guedes.

Na última terça (27), em entrevista à TV Jornal, a mãe das garotas afirmou que sabia da situação, mas que não tomou nenhuma atitude porque não teria tempo. “Não era para deixar a menina chegar nesse ponto. Eu trabalho à noite e acabo dormindo muito durante o dia”, justificou a mulher, que trabalha como garçonete.

Ainda segundo a mãe das crianças, as meninas ficariam sob os cuidados da avó enquanto ela estava trabalhando. “O problema é que a minha mãe não tem cuidado, não tem higiene para ficar com a menina”, disse.

A mulher prestou depoimento no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, e foi liberada. As meninas serão encaminhadas a abrigos.

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