Dez policiais militares foram detidos na manhã desta terça-feira (29) suspeitos de extorquir donos de estabelecimentos para permitir a continuidade do funcionamento e exploração de jogos de azar no Recife e Região Metropolitana. Denominada Caça-níquel, a ação prendeu, além dos seis soldados e quatro cabos, uma mulher civil. De acordo com a corporação, dos 15 mandados de prisão expedidos, ainda falta cumprir quatro, sendo dois contra policiais militares e dois contra civis. Estão sendo cumpridos ainda 26 mandados de busca e apreensão.
Ainda conforme a polícia, a organização exigia o pagamento semanal de propina para não coibir a exploração de jogos de azar, especialmente com caças-niqueis. Caso houvesse recusa, o proprietário seria alvo de violência e teria as máquinas subtraídas pelos integrantes do grupo. "Quando as máquinas eram recolhidas pela organização, os próprios policiais militares colocavam os caças-niqueis em funcionamento. Eles atuavam há cerca de 9 anos dessa forma", explicou o delegado Joselito Kehrle do Amaral. Os pontos de jogos de azar monitoradores pelo grupo ficavam nos bairros do Ibura, Boa Viagem, Torrões, entre outros.
Na operação, foram apreendidas máquinas de caça-níquel, armas e dinheiro. Os detidos foram encaminhados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Recife, e serão acusados de extorsão e concussão. As investigações tiveram início em maio deste ano. Ao todo, 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães participaram da operação. Além disso, 80 policiais militares três bombeiros militares e dois peritos criminais também colaboraram com a ação.