O Corpo de Bombeiros divulgou que o Coqueiral Park, onde uma criança de seis anos se afogou no último sábado (8), não estava com o atestado de regularidade em dia. De acordo com o assessor de comunicação da corporação, major Aldo Silva, o certificado do clube expirou em dezembro do ano passado, quando foram feitas vistorias e pedidos de ajustes nos itens de segurança do local. Paulo Roberto Lira e Silva estava em uma excursão escolar ao clube, quando se afastou da tia e, por volta das 9h30, se afogou.
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O Corpo de Bombeiros foi acionado às 9h45 e encaminhou a criança à Unidade de Pronto Atendimento de Olinda (UPA), que o transferiu para o Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife. O garoto foi atendido na emergência pediátrica, mas não resistiu.
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Ainda de acordo com o major Aldo, as vistorias que cabem aos bombeiros dizem respeito a itens como disponibilidade de extintores, sinalização de emergência, sinalização para saída de emergência e alarmes. Estas exigências constam no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (Coscip). A quantidade de salva-vidas, por exemplo, não entra na competência da corporação.
“A parte de salvamento aquático não é com os bombeiros. Apesar disso, o clube está irregular quanto ao Coscip. A administração havia entrado em contato com o Corpo de Bombeiros para renovar o certificado, mas, após a vistoria, alguns itens foram exigidos e o clube ainda não havia retornado com os devidos ajustes", explicou o major Aldo.
ENTENDA O CASO
Um menino de seis anos morreu na manhã desse sábado (8) após ser vítima de afogamento em um clube na cidade de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. O acidente ocorreu por volta das 9h45 da manhã em uma das piscinas do Coqueiral Park, localizado no bairro de Ouro Preto.
O garoto foi socorrido pelos salva-vidas e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olinda. De lá, foi encaminahdo para o Hospital da Restauração (HR), na região central do Recife, onde faleceu, por volta de 12h50.
PENALIDADE
De acordo com a delegada titular do Varadouro, Euricélia Nogueira, a Polícia Civil (PC) solicitou a perícia no local, para descobrir se houve negligência ou imprudência no momento em que a criança se afogou. A tia da criança, por estar abalada com a morte do sobrinho, ainda não prestou depoimento, mas falará sobre o caso na delegacia durante a manhã desta terça. Euricélia também afirmou que, se houver, câmeras de segurança poderão ajudar nas investigações. Além da responsabilidade penal, também poderá ser apurada a responsabilidade civil do parque, à qual, caso comprovada, cabe indenização por danos morais à família.