Inquérito

Polícia vai ouvir tia do menino que morreu afogado em Olinda

A tia de Paulo Roberto Lira e Silva, que morreu afogado no sábado, ainda não prestou depoimento, mas fará amanhã, na Delegacia do Varadouro, em Olinda

Da editoria de Cidades
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Publicado em 10/10/2016 às 12:25
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A tia de Paulo Roberto Lira e Silva, que morreu afogado no sábado, ainda não prestou depoimento, mas fará amanhã, na Delegacia do Varadouro, em Olinda - FOTO: Ashlley Melo/JC Imagem
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A Polícia ouvirá nesta terça-feira (11) a família do menino de seis anos que morreu afogado no Coqueiral Park, em Olinda, no último sábado (8). Paulo Roberto Lira e Silva estava em uma excursão escolar ao clube, quando se afastou da tia e, por volta das 9h30, se afogou. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 9h45 e encaminhou a criança à Unidade de Prontoatendimento de Olinda (UPA), que o transferiu para o Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife. O garoto foi atendido na emergência pediátrica, mas não resistiu.

De acordo com a delegada titular do Varadouro, Euricélia Nogueira, a Polícia Civil (PC) solicitou a perícia no local, para descobrir se houve negligência ou imprudência no momento em que a criança se afogou. A tia da criança, por estar abalada com a morte do sobrinho, ainda não prestou depoimento, mas falará sobre o caso na delegacia durante a manhã desta terça. Euricélia também afirmou que, se houver, câmeras de segurança poderão ajudar nas investigações. Além da responsabilidade penal, também poderá ser apurada a responsabilidade civil do parque, à qual, caso comprovada, cabe indenização por danos morais à família.

"A tia do menino é técnica de enfermagem e, quando registrou o Boletim de Ocorrência, afirmou que não havia o kit de reanimação cardiopulmonar, extremamente necessário nestes casos. Vamos apurar as responsabilidades do parque, de acordo com os regulamentos de segurança e, se comprovado que houve negligência, o responsáveis pelo clube responderão por homicídio culposo, sem intenção de matar", explicou a delegada Euricélia.

A delegada também explicou que a PC trabalhará em conjunto com o Corpo de Bombeiros, para saber se o clube estava com as licenças de segurança em dia. "O parque afirmou que tinha quatro salva-vidas. Temos que apurar se esse número era o adequado para o tamanho do parque e volume de pessoas. Além disso, a profundidade da piscina e sinalizações também deverão ser inspecionados", completou.

VELÓRIO

Durante a manhã desta segunda-feira, o corpo do menino continuou no Instituto de Medicina Legal (IML), aguardando a presença de parentes para liberação. Pouco depois das 10h, a família esteve no local, mas, abalada, preferiu não dar entrevista. Ainda não há informações sobre o local e o horário do enterro.

RESPOSTA

Em nota, o Coqueiral Park explicou que conta com uma equipe de segurança treinada, formada por profissionais de enfermagem, salva-vidas e bombeiros civis para qualquer eventualidade. 

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