A quadrilha interestadual de assaltantes de banco presa terça-feira (7/2), no Recife, foi quem explodiu os cofres do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF), semana passada, na Praia de Porto de Galinhas, maior cartão postal de Pernambuco. A Polícia Civil não tem mais dúvidas. Possui diversas provas que ligam o grupo à ação e, nesta quinta-feira (9/2), apresentou detalhes da prisão do quarto dos nove envolvidos nas explosões. O potiguar Jairo Manoel Carvalho da Silva, 29 anos, foi preso num apartamento em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, bairro escolhido pelo grupo como moradia na capital.
O imóvel foi alugado por Alisson Breno Pereira de Lima, conhecido como Breno do Sal, 25 anos, fugitivo da Penitenciária de Alcaçuz, na cidade de Nísia Floresta, a 30 quilômetros de Natal. Alisson, que é procurado pela Justiça potiguar por arrombamentos e explosões a agências bancárias, foi preso com o suposto líder do grupo, o paranaense Paulo Donizete Siqueira de Souza, conhecido como Vírus, 52 anos, que responde a pelo menos cinco processos na Justiça sob a acusação de roubo a bancos. Segundo o delegado Paulo Berenguer, da Delegacia de Roubos e Furtos, ele tem um processo no Rio Grande do Norte, dois na Bahia, um em Minas Gerais e outro no Paraná. Com eles, ainda foi preso Paulo César Diógenes Targino Júnior, 27 anos, também de Natal.
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São várias as provas que ligam a quadrilha à ação em Porto de Galinhas, segundo Paulo Berenguer. “Em primeiro lugar, temos as imagens de extrema qualidade das câmeras do circuito de segurança da Prefeitura de Ipojuca, que estão nos ajudando demais. Conseguimos ver a ação de pelo menos nove homens e, em alguns momentos, vemos alguns integrantes de perto. É o caso das imagens de Paulo Donizete. Há um momento em que ele se aproxima, com a balaclava abaixada, e identificamos o seu rosto”, explica o delegado.
Os dois fuzis (sendo um AK-47, de fabricação russa e largamente utilizado no Oriente Médio) também são identificados nas imagens. “Não temos mais dúvidas. Também temos as notas de dinheiro cortadas pelo sistema de segurança dos cofres chamado guilhotina (que faz cortes no dinheiro) que encontramos nas duas prisões realizadas até agora”, destacou o delegado. Jairo Manoel Carvalho da Silva também é fugitivo da Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. A investigação da investida em Porto de Galinhas está sendo feita pela Polícia Civil e a Polícia Federal.