Em coletiva de imprensa concedida no fim da tarde desta terça-feira (21), o chefe da Polícia Civil do Estado afirmou, categoricamente, que a quadrilha que agiu na investida contra a empresa de transporte de valores Briks, na Zona Oeste do Recife, não é de Pernambuco. Segundo Joselito Kehrle, o grupo havia montado uma base na capital e pretendia roubar um valor muito maior do que os R$ 60 milhões especulados.
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O modus operandi da quadrilha, conforme Joselito, é o mesmo já observado em outros estados do Brasil. As ações já praticadas aqui em Pernambuco, principalmente no interior do Estado, pouco tem a ver com a atuação registrada na Zona Oeste do Recife na madrugada desta terça.
"A rápida resposta da Polícia Militar evitou que os criminoso tivessem acesso ao segundo cofre. Sete veículos foram abandonados e um arsenal. O planejamento (da quadrilha) foi frustrado. Essa quadrilha é interestadual, a base deles já foi descoberta e esperamos com a investigação dar a resposta que a população espera", atestou.
A investigação agora segue com o objetivo de identificar os envolvidos. A própria polícia especula que o bando seja formado por mais de 20 homens. Sete veículos foram deixados para trás na BR-408, nas proximidades da Arena de Pernambuco e do bairro do Curado. Os carros seriam utilizados em novas investidas, o que leva a polícia a crer que frustrou a ação dos bandidos.
"O modus operandi dessa ação é bem diferenciado do que nós já observamos. Há uma certeza da ação desses bandidos em outros estados, com ações bem semelhantes", confirmou Joselito.
Ação
Segundo o comandante da PM, 138 policiais foram deslocados para conter a ação considerada "cinematográfica" pela população. Os bandidos teriam sido surpreendidos, conforme a polícia, já no momento em que encontraram uma blitz do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) na Avenida Recife. O grupo teria passado em caminhões bau fechados com maderitas e pintados com tinta preta. Por estarem no sentido contrário ao da blitz, seguindo de Boa Viagem em direção à BR-101, os policiais acreditaram que os veículos estivessem seguindo para o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa).
Um cerco contra a polícia foi armado pelo grupo composto por mais de 20 homens. Parte conseguiu explodir as paredes da Brinks e ter acesso ao primeiro cofre. Outra parte da quadrilha entrou em confronto com a polícia nas ruas da Zona Oeste.