O sábado (11) foi marcado pela violência em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Na Avenida Conselheiro Aguiar, um homem foi assassinado a tiros por uma dupla em uma moto, próximo ao Hospital Português, por volta das 20h. Outra ocorrência foi o duplo homicídio que ocorreu à tarde, na comunidade Entra a Pulso, no mesmo bairro.
Leia Também
A vítima da Avenida Conselheiro Aguiar não foi identificada até o fechamento desta edição. Segundo informações preliminares, o homem estaria acompanhado de outra pessoa quando dois homens em uma moto efetuaram disparos. A outra vítima teria fugido sem ferimentos. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acompanhou o caso.
“Eu ouvi quatro tiros. Moro há 35 anos na Avenida Conselheiro Aguiar e nunca vi um crime desse tipo. Estamos sem segurança”, afirma um morador da área que se identificou apenas como Antônio.
Já na comunidade Entra a Pulso, as vítimas, Luiz Carlos Estevão dos Santos, 32 anos, e Cícero Romão Neto, 23, jogavam dominó na Rua Jorge Couceiro da Costa Eiras, quando foram mortos a tiros de pistolas de 9 milímetros. Um papelote de maconha foi encontrado no bolso de Luiz.
O crime aconteceu por volta das 16h. Segundo o delegado João Gaspar, do DHPP, as pessoas que efetuaram os disparos chegaram em dois carros. “Os ocupantes dos dois carros pararam, desceram e atiraram nos dois. Havia outras pessoas no local, jogando dominó, mas escolheram os dois”, diz. As motivações do crime serão investigadas pela polícia.
As vítimas foram atingidas por tiros na cabeça e no tórax. Ainda de acordo com o delegado, os familiares das vítimas afirmam que eles não possuíam antecedentes criminais.
Cícero Romão Neto trabalhava na cozinha de um restaurante próximo do local do crime e sempre ia jogar dominó nas suas folgas. “O meu marido sempre jogava dominó aos sábados, aqui. Era a folga dele do trabalho. Eu estava em casa quando me ligaram dizendo que ele tinha sido baleado. Corri, mas quando cheguei, ele já estava morto”, afirma. A família da outra vítima não quis dar entrevista ao
A insegurança passou a fazer parte do cotidiano dos moradores da localidade. “Ouvi muitos tiros, achei que eram fogos. Já foi tranquilo, agora está mais agitado”, comenta o morador de um prédio que fica em frente ao local do crime, Marco Antônio, 42 anos. “Falta segurança, policiamento zero na comunidade”, relata o comerciante e também morador da Entra a Pulso, Gilberto Cunha.
Os corpos foram recolhidos pelo Instituto de Medicina Legal (IML) à noite. Não há informações sobre enterro.