Vítimas de envenenamento compareceram na tarde desta terça-feira (16) à Delegacia de Camaragibe para prestar depoimento sobre o caso. Vilma Maria Soares, tia de Débora Regina Belo Soares, José Edson Soares da Silva e Gleice Kelly Soares, primos dela, foram chamados pela delegada Euricélia Nogueira para prestarem depoimento após receberem alta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões.
A mãe de Débora, Vanescleide Belo, não foi envenenada, mas também estava presente. Para ela, o principal suspeito de ter cometido o crime é o ex-namorado da filha. Segundo Vanescleide, o casal tinha um relacionamento marcado por várias brigas. Na última semana, inclusive, ele teria dito que ia surpreendê-la no dia das mães. As irmãs do suspeito foram espontaneamente à Delegacia para prestar esclarecimentos.
O suspeito, identificado como Kiko, ainda não foi localizado. O resultado do exame de sangue feito pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, comprova a contaminação por pesticida. A polícia acredita que chumbinho tenha sido usado no crime, porém o fato só poderá ser comprovado pelo laudo do Instituto e Criminalística (IC) que deverá ficar pronto até esta quarta-feira (17).
A polícia ainda suspeita que o veneno tenha sido colocado no colorau usado para temperar a refeição servida para a família durante a comemoração do dia das mães. A delegada Euricélia Nogueira está à frente das investigações e disse que deve chamar outras testemunhas para prestarem depoimento ainda nesta semana.
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Entenda o caso
Nove pessoas da mesma família foram envenenadas no último fim de semana na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A principal suspeita é de que o ex-namorado de Débora, 20 anos, insatisfeito com o fim do relacionamento na semana anterior, tenha planejado se vingar executando o envenenamento.
Quatro vítimas estão internadas no Hospital da Restauração (HR). Débora, continua internada em estado grave. Valquilene Maria Soares e Nilva Maria da Silva, podem receber alta nas próximas 24 horas, mas permanecem na emergência clínica do HR, em situação estável. Augusto Francisco Soares também está na emergência clínica em situação que inspira cuidados e sem previsão de alta.
Outros dois familiares que foram envenenados, Talison Gomes Soares e Regivaldo Francisco Soares, estão no Hospital Nossa Senhora do Ó. O Hospital informou que a família dos pacientes não autorizou a divulgação do estado de saúde deles.