Lúcia e Sandro Ferreira, pais da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, assassinada em dezembro de 2015 dentro de uma escola em Petrolina, no Sertão do Estado, participam na manhã desta quarta-feira (24) de uma reunião da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em Santo Amaro, área central do Recife.
À tarde, o casal se juntará a amigos e familiares num protesto em frente à sede do Ministério Público Estadual, no bairro de Santo Antônio, também no Centro da capital pernambucana.
"Viemos pedir o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Alepe pois a morte da nossa filha não pode ficar impune", afirmou Sandro, minutos antes da reunião começar.
"Conosco veio um grupo de 15 pessoas de Petrolina. Mais gente daqui de Recife deverá participar de um protesto no Ministério Público, à tarde", comentou o pai da estudante. Beatriz Mota morreu com 42 facadas.
O encontro na Alepe foi marcado pelo deputado estadual Odacy Amorim. Está prevista a presença da delegada Gleide Ângelo, que está à frente das investigações do homicídio.
IDENTIFICAÇÃO
Em março deste ano, novas investigações da polícia chegaram à identidade visual do acusado após melhorarem as imagens de câmeras de segurança, por meio de uma empresa da Região Sudeste do País.
A polícia trabalha com a hipótese de que o homem estava em busca de qualquer criança para cometer o crime. O suspeito teria escolhido Beatriz e assassinado a garota com 42 facadas na escola onde ela celebrava com a família a formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
A menina havia pedido para beber água e, cerca de 30 minutos depois, foi encontrada sem vida no depósito de materiais esportivos da escola, junto com a faca que teria sido utilizada no crime.
Beatriz morava na Bahia com a família. O pai dela é professor no colégio. A polícia já havia feito, desde o dia do crime, 65 exames comparativos de DNA e todos deram negativo.