Morto após trocar tiros com policiais na tarde de ontem, em Camaragibe, no Grande Recife, Pedro Henrique Vicente da Silva, de 18 anos, estava sendo investigado por uma investida contra a Oficina de Cerâmica Francisco Brennand, na Várzea, Zona Oeste do Recife, onde os vigilantes tiveram as armas e coletes balísticos roubados em março deste ano. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (13), em coletiva de imprensa realizada na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste do Recife.
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De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Gustavo Godoy, a arma que o jovem utilizou na ação contra os policiais foi roubada dos vigilantes da oficina de cerâmica, o que reforçou a participação dele no crime. "Recebemos uma informação ontem de que o bandido se encontrava armado e com um veículo roubado em sua residência. Por isso, foi determinado que os policiais fossem até o local para realizar a prisão em flagrante dele", afirmou.
O tiroteio terminou com o agente Tiago Matias, do Depatri, baleado no braço, e com o suspeito atingido por nove disparos de arma de fogo. "Quando os policiais se anunciaram, Pedro tentou se evadir e começou a atirar contra os agentes, que revidaram de forma legal", relatou. O jovem ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada na na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, na Zona Oeste do Recife. Já o agente passou por cirurgia e se encontra bem.
Ainda conforme o delegado, foram apreendidas no local munições deflagradas e drogas prontas para a venda, além de um revólver calibre 38. "Foram encontrados diversos cartuchos deflagrados e munições no bolso do suspeito, indicando que ele remuniciou a arma e tornou a atirar nos policiais". Além de ser investigado pela prática de roubos, o suspeito ainda era alvo de investigação por tráfico de drogas e homicídios. "Ele vivia aterrorizando a comunidade de Cosme e Damião, a qual ele nem pertencia. Ele era originado de Campo Grande e teria se mudado para Camaragibe após se envolver em uma briga", afirmou.
A polícia também não descarta a participação do jovem na explosão de caixas eletrônicos, que foi registrada em maio deste ano, dentro do grupo empresarial Cornélio Brennand, também na Várzea, onde os suspeitos fugiram pelo rio Capibaribe. Sobre o crime ocorrido na Oficina Francisco Brennand, a polícia divulgou que quase todos os participantes já foram identificados e que um menor envolvido foi apreendido. Em breve, o inquérito policial será fechado e remetido para a Justiça.