Na tarde desta sexta-feira (21), a Polícia Civil divulgou informações em coletiva de imprensa sobre o crime no Rosarinho, que vitimou a secretária Gisely Kelly Tavares dos Santos com um tiro na cabeça, na última quarta-feira (19). O principal suspeito de matar Gisely, Wilson Campos de Almeida Neto, de 41 anos está preso no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). A prisão do suspeito é de 30 dias, podendo ser estendida.
A detenção realizada na residência do suspeito, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, foi consequência do mandado de prisão temporária. O local em que Wilson Campos foi preso é onde ele morava com família, sua ex-mulher e quatro filhos. De acordo com a polícia, o revólver usado no crime, que foi apreendido, estava com ele dentro de uma caixa e a bala deflagrada estava dentro de um tambor.
Entenda o caso
Gisely Kelly Tavares dos Santos foi morta na madrugada da última quarta-feira (19), quando voltava da comemoração do seu 37º aniversário. O crime aconteceu em um apartamento no bairro do Rosarinho, na Rua Amaro Coutinho, área nobre da cidade do Recife. Ela estava da companhia de Wilson Campos de Almeida Neto, empresário e patrão de Gisely.
Wilson estava divorciado há pouco tempo, e há cerca de seis meses começou a namorar a secretária Gisely, vítima de um disparo de revólver calibre 38 na testa. Ela foi encontrada sem roupa no banheiro do apartamento na manhã da quarta-feira (19), por volta das 9h.
Advogada
Na manhã dessa quinta-feira (20) a advogada Silvana Duarte compareceu à Delegacia do Espinheiro para representar o seu cliente e principal suspeito de matar Gisely Kelly. Em entrevista, ela afirmou que o tiro foi disparado acidentalmente por Wilson Campos e alegou que o seu cliente sofreu de amnésia alcoólica pelo alto consumo de bebida na noite da terça-feira (18) anterior ao crime.
Delegado
Nesta sexta-feira (21) o delegado responsável pelas investigações do caso, Breno Maia, disse que a versão a advogada sobre o disparo ter sido acidental "é muito pouco provável". Isso pode ser explicado pelo tiro ter sido disparado à queima roupa e na cabeça de Gisely Kelly. Ele ainda explicou que na medicina legal existe o termo "zona de tatuagem" que identificou a lesão provocada pelo projétil próximo ao corpo de Gisely.