Atualizada às 16h45
Desde março deste ano, mais de 35 mil pessoas já cadastraram o código único de identificação (IMEI) de seus celulares no Alerta Celular, serviço online desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social (SDS) para auxiliar as polícias civil e militar a identificar e resgatar aparelhos roubados ou furtados. Os números foram divulgados na manhã desta terça (25), durante apresentação na sede da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que anunciou a recuperação de 80 aparelhos em força-tarefa desenvolvida na delegacia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A operação Celular Seguro, iniciada ainda em 2016, contou com a parceria das operadoras de telefonia para rastrear os celulares. Aproximadamente 60 vítimas já compareceram à unidade policial para resgatar seus aparelhos.
Confira vídeo com uma das vítimas:
A maioria das peças já estavam em posse de receptadores. Até o momento, ninguém foi preso. O suspeito de um dos roubos, no entanto, já foi identificado pela polícia e se encontra foragido. "As diligências foram feitos em contato com as operadoras de telefonia para identificar quem eram as pessoas que estavam usando os aparelhos roubados. Os suspeitos estão sendo indiciados, principalmente, por receptação de objeto roubado. Se for descoberto que é para fins comerciais, a penalidade pode aumentar ainda mais. O objetivo da operação é impedir esse tipo de crime", explica o diretor integrado metropolitano da Polícia Civil, Joel Venâncio.
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A ideia é dar continuidade à articulação para coibir roubos a celulares, que, atualmente, representam cerca de 70% dos crimes violentos ao patrimônio (CVP) no Estado, em outras delegacias na Região Metropolitana do Recife (RMR). "Identificamos que existem verdadeiras associações criminosas que interceptam os celulares roubados para repassar os aparelhos adiante através de empresas clandestinas", comenta a delegada seccional de Boa Viagem, Morgana Alves.
Segundo o major Jonas Moreno, gerente de análise criminal e estatística da SDS, desde que o serviço foi implantado o percentual de vítimas que informavam o código do IMEI do celular roubado no boletim de ocorrência (B.O.) aumentou em mais de 50%. Antes do Alerta Celular, apenas 1% das vítimas declaravam o código. "Se a vítima registra o boletim de ocorrência sem o IMEI do celular dificulta a identificação do aparelho. É importante também que a pessoa cadastre um telefone para contato na ferramenta online para facilitar a comunicação da polícia", pontua.
A partir de agosto, policiais militares serão capacitados para fazer uso do serviço durante abordagens na rua. Para facilitar o monitoramento, serão distribuídos para os agentes 350 celulares e 150 tablets com acesso à internet.
O serviço
Para se cadastrar no sistema de reconhecimento de celulares roubados/furtados, o cidadão deve acessar o site da SDS e buscar pelo banner do serviço Alerta Celular. O usuário deve cadastrar os dados do aparelho e o número de identificação do IMEI. Há diversas formas de descobrir a numeração. As principais são: através da nota fiscal de compra do produto ou digitando *#06# no celular. Vale lembrar que não é preciso que o aparelho tenha sido roubado para que o usuário se cadastre no serviço.
Em caso de furto ou roubo, a vítima deve registrar um boletim de ocorrência pela delegacia de internet informando os 15 dígitos do IMEI no campo correspondente ou procurando uma unidade de polícia para registrar a ocorrência.