Insegurança toma conta de escola após assalto na Zona Norte do Recife

Medo. Esse é o sentimento de alunos, pais, professores e funcionários da Escola Rotary, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife. A unidade estadual foi assaltada na noite dessa segunda-feira (28) por três homens fardados como alunos, que renderam o vigilante e levaram pertences dos alunos. Na manhã desta terça-feira (29), as aulas aconteceram normalmente.

Em reserva, uma funcionária que estava na escola durante o assalto relatou os momentos de terror. "Eu estava trabalhando quando começou uma correria e todos entraram onde eu estava e apagaram a luz. Um pânico total. Quando eles entraram anunciaram o assalto, cada um correu para um lado", conta. Após praticarem o crime, os homens fugiram. Ninguém ficou ferido.

O principal pedido é de policiamento na região. Os alunos afirmam que os assaltos são constantes, sejam de manhã ou de noite, o que é confirmado pelo vendedor Diogo Panta Neto, de 25 anos, que tem uma barraca em frente à escola. "Todo dia tem assalto por aqui, e o policiamento só aparece quando acontece alguma coisa. Se não acontecer, eles nem vem", afirma. Para Panta Neto, a sensação é de vulnerabilidade. "A gente fica com medo, vulnerável, pensando que o próximo pode ser eu ou acontecer até algo pior", desabafa. Já para a dona de casa Alexsandra Oliveira, 43 anos, mãe de uma aluna do 8º ano, é inevitável pensar se vai acontecer uma outra vez. "Eu vou vir deixá-la todo dia com medo agora, porque não conseguirei deixar de pensar em quando vai ter outra vez, se ela vai estar dentro", conta.

Policiais do 11º Batalhão da Polícia Militar estiveram na Escola Rotary na manhã desta terça-feira (29), colhendo informações sobre o ocorrido. Procurado pela reportagem, o gestor da unidade não quis conceder entrevista.

Assaltos, furtos e arrombamentos

Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Pernambuco diz não ter contabilizadas as ocorrências de assaltos, roubos e furtos nas escolas estaduais. A reportagem procurou a Secretaria de Defesa Social para obter os números, mas, até a publicação da matéria, não obteve resposta.