Atualizada às 11h35
A delegada de Boa Viagem, Beatriz Leite, divulgou os detalhes sobre a prisão dos suspeitos de atear fogo em um morador de rua, em junho deste ano, na Zona Sul do Recife. A coletiva aconteceu às 10h da manhã desta quarta-feira, (20), no auditório da sede operacional da Polícia Civil, na Rua da Aurora, centro da capital pernambucana.
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Segundo a delegada, tanto os culpados quanto a vítima são moradores de rua que ficam pela área da pracinha de Boa Viagem. "No dia do crime, os quatros suspeitos se juntaram para beber desde cedo já na intenção de matar tanto a vítima, conhecida como 'Pelé' quanto o 'Neguinho', que não apareceu na pracinha no dia", explicou.
Ainda de acordo com Beatriz Leite, Paulo e Dinho tiveram a ideia em conjunto de cometer o duplo homicídio, que acabou em apenas um único crime. "Eles pediram para que o Robô (Ezequias) comprar o álcool num posto de gasolina nas proximidades. O Wagner ficou de olheiro para caso a polícia aparecesse", detalhou. A delegada informou ainda que a motivação do crime foi devido ao ódio dos acusados pela vítima estar tomando a área deles como flanelinha.
O caso
Josias Marcos da Silva tinha 55 anos e teve 60% do corpo queimado enquanto dormia, na tarde de 5 de Junho, na beira-mar de Boa Viagem. Três homens eram suspeitos de terem jogado álcool e incendiado o corpo do morador de rua.
Segundo o médico Marcos Barreto, chefe do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital da Restauração, a vítima teve queimaduras de 2º e 3º graus na cabeça, ombros, nos dois membros superiores e no tronco. Ele morreu quatro dias depois no HR em decorrência da gravidade dos ferimentos.
