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SDS confirma que corpo encontrado é de Remís Carla. Suspeito foi preso

Polícia Civil e Científica irá apresentar detalhes do caso neste domingo (24). Sepultamento será em Paulista

JC Online
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Publicado em 23/12/2017 às 19:35
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Polícia Civil e Científica irá apresentar detalhes do caso neste domingo (24). Sepultamento será em Paulista - FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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A Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou que o corpo encontrado na tarde deste sábado (23), num loteamento na Zona Oeste do Recife, é da estudante Remís Carla Costa, de 24 anos. O velório ocorrerá a partir das 9h deste domingo (24), véspera de Natal, no Cemitério de Paulista. O namorado da vítima, Paulo César de Oliveira, de 25 anos, foi preso. Segundo nota divulgada pela SDS, ele confessou o crime.

Os detalhes do caso serão apresentados às 10h deste domingo (24), no DHPP, no bairro do Cordeiro. O Chefe da Polícia Civil, Delegado Joselito Kehrle, o Diretor de Polícia Especializada, Delegado Luís Andrey, e o Gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegado Ivaldo Pereira, falarão sobre  caso.

"Estou aliviado. Agora está nas mãos da Justiça e de Deus", disse o pai da estudante, José Carlos Costa, aos prantos logo depois que a SDS confirmou que o corpo era da estudante ainda no Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro. A família ficou aguardando no IML o resultado dos exames. 

Os detalhes da prisão não foram passados pela SDS. Segundo a assessoria de imprensa da SDS, inicialmente, Paulo César foi autuado por ocultação de cadáver. Em depoimento, ele confessou o crime.

O reconhecimento do corpo foi feito após comparação das digitais do corpo com o banco de dados do Instituto Tavares Buril.

O corpo foi localizado no loteamento Nova Morada, no bairro de Caxangá, Zona Oeste do Recife, a cerca de 400 metros da casa onde reside o namorado dela, Paulo César de Oliveira, suspeito do desaparecimento de Remís.

Martha Gois, diretora do berçário nas Graças, Zona Norte do Recife, onde Remís estagiava, disse que a estudante de pedagogia era muito tímida e reservada, mas sempre sorridente e muito responsável. "Ela nunca faltou ao trabalho. Tanto que estranhamos quando ela não apareceu para trabalhar na segunda." Martha conta que toda a equipe ficou abalada com o desaparecimento de Remís, que aconteceu na última semana de funcionamento do berçário antes do recesso de fim de ano. "Passamos a semana muito apreensivos, trabalhando com profissionalismo, mas arrasados. Cancelamos até o evento de encerramento porque não tinha clima para comemoração."

Relembre o caso

Remís Carla Costa desapareceu no último domingo (17), após sair da casa do namorado, Paulo Cesar de Oliveira. De acordo com a família da jovem, a garota e o rapaz discutiram naquele dia, dentro da casa dele. Remís teria saído da residência de Paulo, sem dizer onde iria. O último contato com os familiares e amigos foi também no domingo, por meio de mensagens em redes sociais.

Em depoimento à polícia, o namorado negou agressões à jovem. Durante seis horas, Paulo continuou afirmando que, após a briga na tarde do domingo, ele não teve mais informações da namorada.

Em novembro, a jovem denunciou Paulo na Delegacia da Mulher, por agressão, injúria e ameaça. Remís chegou a receber uma medida protetiva, mas, segundo a Polícia, Paulo não foi encontrado para assinar a notificação. Ela se afastou dele, mas voltaram a se aproximar no último dia 14.

Ato e ofício

Na quinta-feira (21), familiares e amigos se reuniram na reitoria da UFPE, a fim de solicitar apoio do reitor Anísio Brasileiro.

Na sexta-feira (22), amigos e familiares de Remís estiveram na comunidade Nova Morada, próxima à Avenida Caxangá, com cartazes e panfletos refazendo os últimos passos da estudante. Segundo os amigos de Remís, o intuito da caminhada é envolver e pedir o auxílio dos moradores da comunidade na busca pela jovem.

No mesmo dia a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a UFPE, onde Remís estuda, enviaram um ofício à Polícia Civil solicitando que o delegado Helder Tavares, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações do caso do desaparecimento da jovem, fosse substituído, visando acelerar a resolução do caso. No entanto, a corporação informou, por meio de nota, que o investigador já estava debruçado sobre o caso e outra pessoa não seria colocada no lugar.

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