Uma mulher se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nessa quarta-feira (17) para confessar que seria a mandante do crime que matou um casal em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
O delegado Felipe Monteiro conta que durante o depoimento Jéssica Nascimento de Oliveira confirmou que, além de ser a mandante do crime, foi a responsável por assassinar a tiros o taxista e a esposa dele, na noite da última segunda-feira (15).
A principal motivação seria a disputa pelo tráfico de drogas na região; Ainda sobre o depoimento, ela conta que o taxista era o proprietário de casas de aluguel em que os traficantes rivais moravam, além disso, ela o acusa de participar indiretamente do tráfico fazendo a entrega dos entorpecentes com o táxi.
O delegado ressalta que essa é a versão contada por ela, e ainda não há nada que comprove que o taxista era envolvido com o tráfico. Todas as linhas possíveis de investigação serão levantadas para que o caso possa ser solucionado.
Jéssica foi encaminhada para a Colonia Penal Feminina do Recife, sendo indiciada por duplo homicídio qualificado. Ela recebeu prisão preventiva até ir para o júri e ser sentenciada de acordo com os crimes cometidos.
Assassinato do casal
Um casal foi morto dentro da própria casa na noite da segunda-feira (15) no bairro da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. O crime aconteceu por volta das 23h, na Rua Rio Zumbi.
De acordo com a polícia, quatro suspeitos que chegaram em dois veículos arrombaram o portão de alumínio da residência e subiram para o primeiro andar, onde dispararam várias vezes contra o taxista Rogério Lopes, de 47 anos. Ao ouvir os tiros, a esposa dele, Elane Maria da Silva, de 33 anos, tentou interceder pela vida do esposo e acabou sendo baleada e morta também. Um parente dos dois que estava na casa conseguiu sair vivo se escondendo no banheiro.
"Recebemos informações de que as vítimas têm bons antecedentes. Os algozes estariam à procura de um casal envolvido no tráfico em um imóvel com as características parecidas às das vítimas", conta a delegada Vilaneida Aguiar, que registrou o caso.