HOSPEDAGEM

Mulher é presa suspeita de crimes de estelionato em Porto de Galinhas

A suspeita vendia pacotes de estadia pela internet. Após o pagamento, os hóspedes eram surpreendidos pelo cancelamento do contrato sem ressarcimento

JC Online
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Publicado em 30/01/2018 às 17:36
Foto: Rafael Medeiros/ JC Imagem
A suspeita vendia pacotes de estadia pela internet. Após o pagamento, os hóspedes eram surpreendidos pelo cancelamento do contrato sem ressarcimento - FOTO: Foto: Rafael Medeiros/ JC Imagem
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Um mulher de 47 anos, identificada como Sandra Mara de Azevedo Silva Probst, foi presa suspeita de estelionato. De acordo com a Polícia Civil, que divulgou o caso nesta terça-feira (30), Sandra aplicava golpes em turistas usando pacotes falsos de estadia, em Porto de Galinhas, Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco.

Segundo o Delegado Erivaldo Guerra, da Delegacia do Turista, ao todo foram registradas 21 queixas contra a suspeita. As vítimas informaram que fechavam o contrato de aluguel de flats pela internet com Sandra e que, após o pagamento adiantado, a mulher cancelava o contrato informando problemas estruturais ou com a Justiça.

A Polícia começou as investigações após uma turista de Minas Gerais prestar queixa contra a mulher. Segundo a turista, Sandra cancelou a estadia dela e dos filhos um dia antes da data agendada.

O Delegado Erivaldo Guerra informou que a suspeita vendia pacotes de hospedagem pela internet e sempre cancelava. Quando questionada, Sandra informou que a culpa era dos donos dos Flats, que ficam no Marulhos Suítes Resort. Ainda segundo ele, a mulher entrou em contato com os donos dos flats para alugar-los e fazer os contratos. Depois que as vítimas depositavam a quantia pedida, a suspeita repassava para os donos por meio de cheques sem fundos. Após perceber as fraudes, os proprietários cancelavam os contratos.

Sandra Mara foi presa em sua residência no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.  Ela teve prisão preventiva decretada e foi encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor, na Zona Oeste do Recife.

Relatos

De acordo com informações da Polícia Civil, os boletins contra S.M.P foram feitos nas delegacias de Porto de Galinhas, do Turista e de Boa Viagem, quase todos em dezembro. Entre os denunciantes, três são do Recife, dois de Brasília, dois de Minas Gerais, um de Goiás e um de Tocantins. As investigações vão ficar com a Delegacia de Repressão ao Estelionato.

A servidora pública Rosana Alves de Lima, de 40 anos, realizou o pagamento e poucos dias antes da viagem, que faria com a família, teve a reserva cancelada por Sandra.

“Uma amiga minha alugou o apartamento em julho e me indicou. Eu fiz o contrato de dois apartamentos por nove dias, entrando no dia 26 de dezembro, mas no dia 19 a Sandra ligou dizendo que o banheiro estava com problemas e teríamos de adiar a data, mas não havia como cancelar as passagens e mudar a data de nossas férias para março, como ela propôs, meu marido é professor”, relata Rosana, que acabou indo com a família inteira (sete pessoas) para outro hotel de Porto.

“Depositei R$ 7 mil nas contas da filha e do marido dela e ela não quis me devolver. Na delegacia, soube que já era o quarto caso, um rapaz, inclusive, tinha alugado o mesmo apartamento que eu no mesmo período”, relata. “Então eu fui ao resort, falei com o gerente e ele me pediu meus dados, dizendo que era mais um caso e iria encaminhar ao jurídico”.

O engenheiro Ricardo Ferreira Carvalho, 42, de Brasília, foi quem tinha alugado o mesmo apartamento de Rosana, para passar Natal e ano novo no resort com a mulher e os dois filhos. “Iríamos ficar entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro, mas dez dias antes da entrada ela disse que havia problema no esgoto do banheiro, um hotel de luxo não levaria tanto tempo para corrigir isso, vi que era golpe”, conta. “Tive que mudar os planos e fui para a Bahia. Mas vou buscar tudo o que tenho direito”.
Ricardo diz que pagou R$ 7,5 mil. “Eu depositei parte em uma conta com o nome do Marulhos e paguei uma parte no cartão, tendo o comprovante saído com o nome do resort, então me senti até mais seguro”, diz. Ele registrou queixa em Brasília e informa que recebeu R$ 1,5 mil de volta apenas. “Sei de outras duas pessoas que só registram onde moram”.

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