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Após queda na criminalidade, violência volta a preocupar em Caruaru

Janeiro registrou queda de 50% no número de homicídios, mas fevereiro já tem uma morte por dia

Editoria de Cidades
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Publicado em 07/02/2018 às 8:35
Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
Janeiro registrou queda de 50% no número de homicídios, mas fevereiro já tem uma morte por dia - FOTO: Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
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Após registrar o terceiro maior número de homicídios do Estado em 2017, o município de Caruaru, no Agreste, tem alcançado bons resultados no combate à criminalidade desde a inauguração do 1º Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp), em novembro do ano passado. Nessa terça-feira (6), a Polícia Militar apresentou a redução de 50% no número de homicídios e 44% nos crimes contra o patrimônio em janeiro, em comparação com o mesmo período de 2017. A diferença foi sentida nas ruas da cidade, mas fevereiro volta a preocupar os moradores.

De acordo com levantamento da TV Jornal, pelo menos seis homicídios aconteceram até ontem, uma média de uma morte violenta por dia. O número representa mais da metade dos 10 assassinatos de janeiro. “O ano começou tranquilo, mas fevereiro já entrou violento”, critica a comerciante Alexandra Melo, 33.

José Felipe Sobrinho, 37, é morador de Cachoeira Seca, na área rural de Caruaru, onde dois assassinatos ocorreram somente no último fim de semana. “A situação tinha melhorado, mas agora a sensação é de que está piorando”, desabafa o conselheiro tutelar.

A PM garante que a situação está sob controle. “Já estamos atuando e traçando estratégias. Nos cinco primeiros dias de ambos os meses (janeiro e fevereiro), temos o mesmo número de homicídios. Não há um descontrole ainda”, afirmou o tenente-coronel Tibério César, comandante do 4º BPM.

REFORÇO

Inaugurado em novembro, o Biesp levou 300 homens para a Área Integrada de Segurança 14 (AIS 14), formada por Caruaru e outros 14 municípios, totalizando mil policiais na área. Os PMs estão divididos em unidades especializadas: Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIP-Cães), Radiopatrulha, Batalhão de Choque e Policiamento de Trânsito.

O Biesp atua nos chamados “pontos quentes”, que concentram os maiores índices de violência. “Assim, desoneramos o batalhão, para que o efetivo possa ser empregado nas comunidades. Essa integração foi a estratégia correta para combater a criminalidade”, defende o tenente-coronel Antônio Menezes, comandante do Biesp. O próximo município a receber um batalhão especializado é Petrolina, no Sertão.

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