Um homem suspeito de uso de dinheiro falsificado foi preso em flagrante portando em Barra de Jangada, bairro de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Ele foi abordado pela Polícia Militar (PM) dentro de um carro de passeio com placa do Rio Grande do Norte. Outras cinco pessoas que estavam sentadas no meio fio foram detidas para prestar esclarecimentos.
Segundo a Polícia Federal, o homem portava uma sacola plástica com 44 cédulas falsas de R$ 50,00 e uma de R$ 100,00, totalizando R$ 2.300,00 falsificados. Além disso, R$4.569,00 em notas verdadeiras, que foram apreendidas com o grupo, vão passar por perícia técnica. Um celular também foi recolhido pelos agentes.
Os seis suspeitos foram levados para a sede da Polícia Federal (PF), onde apenas um deles confirmou posse das notas falsas. Hugo dos Santos Albano, fisioterapeuta de 25 anos, foi autuado em flagrante pelo crime de adquirir ou guardar moeda falsa. Caso condenado, Hugo poderá pegar pena que varia de três a 12 anos de reclusão, além de multa. O fisioterapeuta também responde processo em Natal por envolvimento com drogas.
Leia Também
Segundo a PF, o suspeito informou em interrogatório que veio de Natal, Rio Grande do Norte, passar o carnaval no Recife. Ainda disse aos agentes que comprou R$ 1.000,00 em notas faltas através de uma pessoa, que não foi revelada, e que tinha pretensão de repassar essas notas no comércio da Região Metropolitana. Os outros cinco envolvidos, que são amigos do suspeito autuado, não sabiam que as notas falsas estavam dentro do carro na hora da abordagem dos policiais militares.
Hugo dos Santos Albano teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e conduzido ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). O suspeito ficará à disposição da Justiça Federal de Pernambuco.
Estatísticas dos últimos anos em Pernambuco
Em 2017, a Polícia Federal realizou cinco apreensões classificadas como ‘significativas’, totalizando R$ 49.900,00 em notas falsas e sete pessoas presas. Já em 2016, foram duas apreensões ‘significativas’, totalizando R$ 11.620,00 e duas pessoas presas.
A maior apreensão registrada pela PF foi em 2009, quando foram presas quatro pessoas e apreendidas R$ 44.900,00 em notas falsas no Agreste de Pernambuco.
Prevenção e recomendação
Confira as recomendações da PF para checagem de notas de dinheiro e prevenção para não ser vítima de golpes com dinheiro falso:
1. Conheça bem a nota verdade: Geralmente pessoas que lidam diariamente com dinheiro, como os caixas de banco e comerciantes, sabem facilmente identificar uma nota falsa - essa experiência em manusear diariamente o dinheiro verdadeiro faz com que eles se tornem especialistas em identificar notas falsas.
2. Comerciante, não tenha pressa no atendimento: Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante, e muitas vezes a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo.
3. Verifique se as numerações das notas não são iguais: Ao receber duas notas de igual valor verifique se as numerações não são iguais, os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente porque isso acarreta em custos com impressão por ter que mudar a matriz da impressão.
4. Observe a textura da nota: Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que pode ser percebido pelo tato. Sinta com os dedos o papel e a impressão.
5. Observe a impressão da nota: Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes – as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver borramento das cores.
6. Verifique a marca d'água colocando a nota contra a luz.
7. No caso de dúvida, compare a nota suspeita com uma nota verdadeira.
8. Baixe o app gratuito "dinheiro brasileiro" no seu smartphone: O aplicativo que foi desenvolvido pelo Banco Central não analisa a autenticidade da cédula, apenas ajuda a identificar e conhecer os itens de segurança.