BUENOS AIRES

Casal argentino é preso suspeito de golpe de R$ 7 mi em empresa de PE

Casal de argentinos, formado por um engenheiro e uma advogada, enganou empresários brasileiros durante o período entre 2011 e 2016

JC Online
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Publicado em 27/02/2018 às 11:15
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Casal de argentinos, formado por um engenheiro e uma advogada, enganou empresários brasileiros durante o período entre 2011 e 2016 - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Um casal de argentinos foi preso suspeito de aplicar golpe de R$ 7 milhões numa empresa pernambucana entre os anos de 2011 e 2016. O engenheiro Joe Fordham, de 53 anos, e a advogada Natacha Vigier Fraser, de 47 anos, foram localizados em Buenos Aires, Argentina, pela Polícia Federal da Argentina na última quinta-feira (22).

O golpe

Segundo a Polícia Federal (PF), o golpe começou quando os estrangeiros se ofereceram para trabalhar como facilitadores de negócios da XLPower Nerópolis Locação de Equipamentos Industriais LTDA, que trabalha no ramo de geração, transmissão, distribuição e comércio de energia elétrica que atua com sede em Nerópolis, Goiás. A dupla se ofereceu para o ramo de termoelétricas da empresa, já que ambos já tinham experiência em empreendimentos no setor elétrico tanto na Argentina quanto no Brasil.

Após diversas reuniões em 2011, o casal informou sobre a possibilidade da XLPower adquirir a empresa argentina Excell Power, assim, passaria a controlar a termoelétrica Central Térmica Almirante Brown S/A (CTAB), em Buenos Aires. Mas os envolvidos alegaram que a legislação argentina cita que um dos sócios teria que ser argentino e deter 5% do capital social. Dessa forma, Joe Fordman e Natacha Vigier seriam os responsáveis pela gerência da termoelétrica.

Durante o período entre 2011 e 2016, os empresários brasileiros descobriram que as ações dos argentinos se tratavam de uma fraude ao descobrir que não existia a exigência do governo argentino e que o casal havia retirado ativos financeiros sem justificativas de gastos, totalizando R$ 7 milhões.

No final de agosto de 2017, os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e, em dezembro, tiveram suas prisões preventivas decretadas. E no dia 1º de fevereiro, foi publicado um alerta vermelho no banco de dados da Polícia Internacional (Interpol), fazendo com que a Polícia Federal da Argentina conseguisse localizá-los e prendê-los em suas residências na capital Argentina.

Ainda segundo a PF, o casal está preso no sistema carcerário de Buenos Aires, esperando que sejam feitas os tratos entre os governos argentino e brasileiro para resolver a extradição dos envolvidos para o Brasil e, assim, fazendo-os cumprir suas penas no sistema penitenciário brasileiro. A dupla está sendo acusada pelo crime de estelionato com concurso e duas ou mais pessoas, no qual tem pena mínima de 10 anos de reclusão.

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