A 11° operação de repressão qualificada, denominada de Porto Seguro, foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (3) para desarticular uma organização criminosa voltada a práticas de homicídio, tráfico de drogas e associação, roubo e porte e posse ilegal de arma no Litoral Sul de Pernambuco. Dos 11 mandados de prisão expedidos, dez foram cumpridos durante a ação. A polícia ainda cumpriu nove mandados de busca e apreensão.
Leia Também
De acordo com o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kherle, o grupo atuava, principalmente, nas cidades de Cabo de Santo Agostinho, Porto de Galinhas e principalmente em Ipojuca, nas regiões de Nossa Senhora do Ó, Camela e no centro da cidade. Segundo Joselito, a quadrilha já estava começando a cometer crimes também no Recife.
As ações dessa quadrilha estavam sendo investigadas desde janeiro do ano passado pela Polícia Civil. Durante este período, outras cinco pessoas tiveram a prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento com a quadrilha e cinco homicídios foram evitados.
A operação, que envolveu 60 policiais, foi coordenada pela Diretoria Integrada Especializada e supervisionada pela Chefia de Polícia Civil. O resultado da operação será divulgado ainda na manhã desta quinta (3) pela da Divisão de Homicídios da Região Metropolitana Sul, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes.
Operação Estirpe
Uma outra operação, deflagrada em agosto do ano passado, já teria chegado ao mesmo grupo que tem atuação no Litoral Sul e em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Seis mandados de prisão e outros 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em agosto de 2017.
De acordo com a Polícia Civil a operação denominada "Estirpe" já investigava o envolvimento dos suspeitos desse mesmo grupo em, ao menos, sete homicídios em Ipojuca.
Morte de bebê
Entre os homicídios praticados pelo grupo, um aconteceu em fevereiro do ano passado contra um menino de apenas um ano e dois meses em Ipojuca. Davi Anderson Pereira estava na casa da família quando os suspeitos invadiram a residência em busca do padrasto do menino, Rionaldo Ferreira, que também morreu na ação. Ainda durante o tiroteio, a mãe do bebê, Milena Larissa, também foi atingida, mas sobreviveu.
"Complexo de Porto"
A quadrilha, Intitulando-se "Complexo de Porto de Galinhas", teria circulado em agosto do ano passado um vídeo com homens armados com revólveres e um fuzil "comemorando" uma suposta parceria com o Complexo do Alemão, grande comunidade da cidade do Rio de Janeiro conhecida pelo tráfico de drogas.
A motivação dessa organização criminosa, segundo a polícia, era, alem de amedrontar a população, afrontar a quadrilha rival. Alguns dos participantes desse vídeo foram presos durante a operação "Porto Seguro".