FÁBRICA DE ARMAS

Oficina ilegal de armas de fogo é fechada em Saloá

Operação da Polícia Civil fechou oficina de conserto e fabricação de armas de fogo que funcionava na residência de um senhor de 67 anos

JC Online
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Publicado em 09/05/2018 às 16:56
Foto: Cortesia / Polícia Civil
Operação da Polícia Civil fechou oficina de conserto e fabricação de armas de fogo que funcionava na residência de um senhor de 67 anos - FOTO: Foto: Cortesia / Polícia Civil
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Está aguardando audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (9) no Fórum de Garanhuns, no Agreste do Estado, José Felix de Araújo, 67 anos.  Ele foi preso em uma operação da Polícia Civil na tarde da última terça-feira (8), que fechou uma oficina ilegal de armas de fogo no município de Saloá, na Rua Roldão Tenório Cavalcanti, centro do município, também no Agreste. O delegado Alysson Câmara, da Delegacia de Saloá, está à frente das investigações do caso.

De acordo com o delegado, a operação contou com participação de policiais da Delegacia de Homicídios de Garanhuns, da 8ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e da própria Delegacia de Saloá. As investigações tiveram início com a observação de dois homens, pelo indício de que poderia existir um ponto de venda de armas em Saloá. A dupla foi à residência de José Félix de motocicleta, permaneceu poucos minutos e foi embora.

Os dois homens foram observados pelos policiais na BR 423. Eles seguiam em direção à Garanhuns. Ao avistarem uma viatura na estrada, os homens deram meia volta e tentaram fugir. Após uma breve perseguição, a polícia alcançou os suspeitos: Roselmar Pereira Correia, 31 anos, e José Ildo de Barros Silva, conhecido como “Baba”, também de 31 anos. Com Roselmar foi encontrado um revólver calibre 38. Ao serem questionados, eles informaram que havia buscado a arma em uma oficina em Saloá, pois o revólver teria passado por manutenção.

Seguindo a pista, os policiais foram para o local indicado. Lá encontraram José Félix, que a princípio negou a atividade criminosa. A polícia confrontou todos os suspeitos, fazendo com que Félix acabasse confessando que exercia o ofício popularmente conhecido como “armeiro”. No entanto, o suspeito negou que houvesse mais armamento em sua casa.

Após buscas, os policiais encontraram uma espingarda. Diante dessa evidência, a polícia revistou com mais intensidade o local e acabou encontrando um total de 11 armas de fogo, cerca de 60 munições de diversos calibres e várias peças para manutenção e fabricação de armamento.

Com Félix estavam, ao todo, dois revólveres calibre 22, um revólver calibre 32, três garruchas calibre 22, uma espingarda calibre 28, uma espingarda calibre 36, outra espingarda, esta de calibre 32, e mais duas espingardas artesanais. As munições encontradas eram de diversos calibres, inclusive uma bala de fuzil 7.62, de uso exclusivo do Exército. Entre as peças de armas estavam ferrolhos, gatilhos, tambores, coronhas e placas.

Manutenção para assaltante de banco

Ele também confessou à polícia que exercia a atividade há muitos anos e fez manutenções para um homem conhecido como "Nego Caju", um dos assaltantes mortos em confronto com a polícia após explodirem um caixa eletrônico a uma agência do Bradesco em Jucati, também no Agreste.

Após a revista, a polícia ainda seguiu para a casa de José Ildo, em Garanhuns, onde encontraram um revólver calibre 38 dentro de um veículo, um Corsa Classic, que estava estacionado em frente à casa do suspeito.

Roselmar e José Ildo foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso comum e, após pagamento de fiança, foram liberados. José Félix foi autuado pelos crimes de posse e porte ilegal de arma de fogo e posse de munição exclusiva das Forças Armadas, crime hediondo.

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