PRISÃO

Operação Intramuros: Ordem do crime vinha de dentro dos presídios

Em reunião com a imprensa nesta sexta-feira (15), os delegados responsáveis pelo caso contam que os mandantes manipulavam a facção mesmo estando presos

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 15/06/2018 às 14:01
Foto: Cortesia/Polícia Civil
FOTO: Foto: Cortesia/Polícia Civil
Leitura:

Entre os presos na operação Intramuros, a Polícia Civil identificou duas facções criminosas rivais. Nesta sexta-feira (15), em reunião com a imprensa, os delegados José Rivelino e Bárbara Fort, ainda relataram que os chefes dos grupos davam a ordem de dentro dos presídios, e comandavam todo o esquema de tráfico de drogas que acontecia nas cidades de Recife, Paudalho, e principalmente Carpina, onde foi identificada a maior atuação das gangues. Os presidiários também ordenavam homicídios.

Ao todo foram identificados 21 membros das facções. Destes, 10 foram presos na operação, desencadeada na quinta-feira (14). Outros seis já tinham sido capturados pela Polícia Civil durante os oito meses da investigação. Um outro integrante já se encontrava preso e três foram mortos durante a operação.

"Com a prisão, foram evitados quatro homicídios na área que seriam praticados pela grupo", conta o delegado José Rivelino. Ainda segundo ele, há dois meses o município de Carpina apresentou uma redução de 53% de mortes no município, que pode ser resultado da prisão da facção que agia no local.

Facções rivais

As mortes eram causadas pela briga entre as duas facções, alvos da operação Intramuros. Um dos membros do grupo, conhecido como "Cabeça", assassinado em janeiro deste ano, era responsável por mais de 40 mortes.

A facção que Cabeça trabalhava era chefiada por um foragido da Justiça, José Hermírio Francelino da Silva Júnior, conhecido como Júnior Maçarico, assassinado no último dia três de maio. Ele é o mandante do duplo homicídio, que vitimou um pai e um filho, no município de Carpina.

Após a morte dele, Anderson Francelino da Silva, de vulgo "Kiki", irmão do antigo chefe, assumiu o comando do grupo. Mesmo estando preso desde julho de 2014, ele atuava no comando do tráfico de drogas na cidade de Carpina e ordenava outros atos ilícitos aos subordinados, tais como, local onde guardar arma e estocar drogas.

No grupo rival se destacavam no tráfico de drogas os acusados, identificados como, Josival Leandro Teixeira, chamado pelos comparsa de "Mosa" ou "Mozo", e outro, Adriano Inácio da Silva, de vulgo "Véi".

Durante a operação foi identificado um outro integrante desta quadrilha, conhecido como "Neném". Ele é o responsável de assassinar o Cabeça, um dos principais membros da facção rival.

Apreensões da Operação

De acordo com a Polícia Civil, durante toda a operação Intramuros foram apreendidos 36 aparelhos de celular, uma pistola calibre 380 com dois carregadores do mesmo calibre. Outros armamentos também foram encontrados na posse dos acusados, como: duas espingardas calibre 12 e outra calibre 36; dois revólveres, sendo um calibre 32 e outro 38 e mais 13 munições para as respectivas armas.

Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil
Foto: Cortesia/Polícia Civil
Armas, munições, celulares e mais de R$ 14 mil em espécie foram apreendidos - Foto: Cortesia/Polícia Civil

 

Entorpecentes em pouca quantidade foram localizados durante as apreensões. Em dinheiro, a polícia apreendeu R$14.610.

Últimas notícias