Uma confusão envolvendo advogados da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e populares do município de Caruaru, Agreste de Pernambuco, aconteceu na manhã desta terça-feira (21) em frente ao 1º Batalhão Integrado Especializado (Biesp). No local, a OAB realizava um ato de desagravo em favor do advogado Sávio Delano, preso por policiais do Batalhão no mês passado na mesma cidade, quando foi iniciada a confusão envolvendo os juristas e o deputado estadual Joel da Harpa.
A OAB repudiou a ação policial contra o advogado Sávio Delano, considerando que ele estava no exercício da sua profissão. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver a confusão entre o grupo de pessoas durante o ato.
Os envolvidos
Segundo o Presidente da OAB Pernambuco, Ronnie Duarte, o deputado estadual Joel da Harpa (Podemos) estaria motivando a população para que a confusão fosse ocasionada. "O deputado difundiu uma falsa informação afirmando que a OAB iria acabar com o Biesp de Caruaru. Nós reconhecemos o trabalho do Biesp e o ato de desagravo é contra três ou quatro policiais", declarou.
Para Ronnie, o ato de desagravo é uma situação para restabelecer a honra profissional, ressaltando que o ato de desagravo foi contra os policiais que fizeram a prisão do advogado, não do Biesp. "Nós estávamos em paz e não realizamos adjetivos ou abusos contra os populares que nos agrediram", contou o presidente da OAB.
Ainda de acordo com o Presidente da OAB, o deputado estadual Joel da Harpa estaria realizando uma campanha para ganhar eleitores. "Ele estava incitando a população para se revoltar contra os advogados para fazer uma campanha eleitoral propagando notícias falsas", disse.
Em contrapartida, o deputado Joel da Harpa contou que os advogados teriam iniciado o tumulto, defendendo que estava fazendo um discurso contra os ideais dos advogados e, assim, foi iniciada a confusão. "Tinha políticos do PSol no local. Essa esquerda radical não quer deixar espaços para outras opiniões. Por isso, eles partiram para agressão", defendeu.
Joel da Harpa ainda contou que recebeu um convite dos moradores do município e de policiais militares em que era afirmado que advogados estavam fazendo um movimento contra o batalhão. "Atendi o convite da população e de policiais e vi que, no local, estava sendo realizado um ato político desnecessário. Quando comecei a fazer minha denúncia os advogados partiram para cima", explicou o deputado.