Apareceram, nesta terça-feira (21), as irmãs de 12 e 14 anos que estavam sumidas há uma semana, depois que saíram da escola, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. Elas foram liberadas por um comerciante que as levou em um carro.
As garotas contaram à polícia que o crime foi cometido por um amigo da madrinha de uma delas, para que a mais nova retirasse uma queixa de estupro contra ele.
O delegado Ademir Oliveira, responsável pelo caso no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), relata que as duas foram deixadas próximo à escola onde a mais velha estuda, em Campina do Barreto, bairro vizinho à outra unidade de ensino da irmã mais nova.
Em relato ao delegado, as vítimas detalharam que passaram seis dias em cárcere privado, em uma casa numa área deserta, se alimentando apenas de pão e água.
A madrinha da adolescente de 12 anos e o marido dela foram ao DPCA prestar depoimento. O marido da madrinha disse que chegou a desconfiar do comportamento do amigo da esposa com a adolescente. Mais relatos serão colhidos durante esta tarde.
Relembre o caso
As meninas tinham sido levadas após saírem da escola, no final da tarde da quarta-feira (15) por um carro de cor escura. De acordo com testemunhas, o veículo estava em frente à escola municipal São Judas Tadeu, onde a adolescente de 12 anos estuda. Quando a garota saiu do colégio, teria entrado no carro.
Momentos depois, o mesmo carro foi visto parado na outra escola, onde a irmã dela, de 14 anos, estava. A partir deste momento, as duas não foram mais vistas.
Denúncia de estupro de vulnerável
A mãe das garotas relata que a filha de 12 anos já tinha desaparecido outra vez no mês passado. A adolescente passou 15 dias na casa de uma madrinha e só apareceu depois que a mãe fez denúncias ao Conselho Tutelar à delegacia.
Ainda segundo o relato dos parentes, no momento em que ficou fora de casa, a menina teria sido abusada sexualmente. Exames de corpo de delito comprovaram o crime. O suspeito de cometer os abusos é um amigo da madrinha, que teria sido denunciado pela família assim que souberam do ato contra a adolescente.
Para a mãe, o suspeito sequestrou as duas filhas por vingança pela denúncia contra ele, ainda que a mais velha não esteja envolvida na queixa anterior. Fato que foi confirmado após o aparecimento das garotas.
