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Polícia prende suspeito de vender casas desapropriadas por traficantes em Ipojuca

Traficantes de droga da região de Porto de Galinhas e centro de Ipojuca estariam desapropriando as casas de moradores para, posteriormente, venderem, diz Polícia Civil

JC Online
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Publicado em 24/08/2018 às 14:19
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Traficantes de droga da região de Porto de Galinhas e centro de Ipojuca estariam desapropriando as casas de moradores para, posteriormente, venderem, diz Polícia Civil - FOTO: Foto: Cortesia / PCPE
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A Polícia Civil apresentou a prisão de Dielmo Andrade de Oliveira, 36 anos, conhecido como ‘Mago”, na manhã desta sexta-feira (24). Ele é suspeito de fazer parte de um esquema de venda de casas tomadas por traficantes no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Os moradores seriam expulsos por gangues da região que usariam as casas como esconderijo e, posteriormente, negociariam as residências com preços abaixo do mercado.

De acordo com delegado Ney Luiz, titular de Ipojuca, os imóveis, em alguns casos, eram oferecidos aos próprios proprietários originais, sendo cobrado um valor para o resgate. Em um caso específico, bandidos teriam cobrado R$ 60 mil pelo retorno de uma casa ao dono. A prática seria realizada por duas quadrilhas que disputam o controle do tráfico de drogas no município, uma sediada em Porto de Galinhas e outra no centro de Ipojuca.

Uma casa foi oferecida no site de compras online OLX. O comprador desconfiou do valor do anúncio e acabou acionando a Polícia Civil, que passou a monitorar a negociação. Dielmo teria combinado com esta vítima para pegar uma parte do pagamento em uma agência do Bradesco, também em Ipojuca. Neste local, a prisão foi efetuada.

Crimes

Segundo a polícia, Dielmo afirmou que estaria apenas intermediando a compra para outro homem, cuja identidade não foi divulgada, e que se encontra preso no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Com a conclusão do inquérito, o suspeito poderá responder pelos crimes de estelionato, por vender uma propriedade que não é dele, e associação criminosa, caso sejam confirmadas as participações de outras pessoas no esquema.

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