Vanessa Vicente da Silva, de 28 anos, se tornou mais uma vítima de feminicídio em Pernambuco, na madrugada desta segunda-feira (1º). Morta a facadas pelo companheiro, que a assassinou por ter ciúmes, ela não teve chances de se defender e acabou não resistindo aos ferimentos. O caso aconteceu no município de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco.
De acordo com a Polícia Civil, Aclenildo Carneiro dos Santos, idade desconhecida, teria saído com a vítima para uma festa, no domingo (30). “Ele teria a impedido de dançar, mas ela o ignorou”, conta o agente José Roberto, da delegacia municipal. Irritado com a atitude da mulher, o companheiro aguardou chegar em casa, onde aplicou vários golpes de faca contra ela. Esta foi a motivação do crime, segundo Aclenildo relatou em depoimento à polícia.
A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Prof. Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada, mas não resistiu aos ferimentos, na região do tórax, entre o pescoço e diafragma, que comprometeram a respiração. Ainda segundo a corporação, Aclenildo foi preso em flagrante e confessou o crime.
Ele está preso, e passa por audiência de custódia nesta tarde, onde deverá receber pena de reclusão pelo crime de feminicídio.
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#UmaPorUma
O especial multimídia #UmaPorUma, conta todas as mulheres assassinadas em Pernambuco ao longo de 2018. Lançado no último 29 de junho, no endereço umaporuma.com.br e abrigado no Portal NE10, o projeto traz o perfil das mulheres assassinadas no Estado.
De janeiro a agosto, já havia o registro de 167 mulheres assassinadas. Desse total, 50 foram vítimas de feminicídio.
Além dos números de homicídios e feminicídios, o site traz várias reportagens que abordam diferentes aspectos da matança de mulheres em Pernambuco. Ao se debruçar sobre os casos de feminicídio, o projeto identifica que quase 90% dos autores dos crimes eram maridos, namorados ou ex-companheiros das vítimas. E 76,5% dos assassinatos aconteceram dentro de casa.
A denúncia de violência doméstica previne a morte. Qualquer mulher pode fazer a denúncia, através do número 180, que aciona a Central de Atendimento à Mulher ou pelo 190, da Polícia Militar.