Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (17) à Rádio Jornal, o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) Roberto Tavares comentou sobre os planos de abastecimento que vem sendo feitos para o interior pernambucano e destacou a seca enfrentada no agreste do Estado.
O presidente comemorou a conclusão do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, mas lamentou que as pessoas ainda não estão desfrutando dessas águas devido às obras da Adutora do Agreste não terem sido encerradas ainda.
"Precisamos ter uma grande mobilização no nosso Estado para garantir que a transposição chegue na torneira dos pernambucanos", declarou.
Ramal do Agreste
O presidente comentou ainda sobre a importância do Ramal do Agreste, mas informou que o projeto é caro e de longo prazo."Ele é muito importante para que a Adutora funcione na sua plenitude, mas é uma realidade para daqui há quatro anos e custa 1,2 bilhão".
Por outro lado, ressaltou outras alternativas de fornecimento hídrico que devem sair do papel ainda neste ano. "Nós temos a Adutora do Moxotó, que conecta a transposição do reservatório do Moxotó para cidade de Arcoverde, com isso vamos usar a Adutora do Agreste para fazer com que a água venha da BR-232 até São Caetano", disse.
Tavares alegou também a necessidade de outras ações para que a água chegue para as populações mais necessitadas. "A transposição não é um fim em si mesma, ela precisa das obras complementares para chegar nas cidades. Nós temos um conjunto de obras. Por exemplo, a gente quer ligar também a transposição às cidades de Custódia e Afogados da Ingazeira para atender todo o Alto do Pajeú".
Além disso, Tavares comentou ainda que uma chuva de quatro horas de duração ocorrida no Brejo da Madre de Deus, no último domingo, elevou o nível da barragem do município a 20% de sua capacidade, contribuindo para o abstecimento dos moradores da região.
