GERIATRIA

Olhar minucioso no envelhecimento

Serviço para idosos do Huoc completa 20 anos com leitos exclusivos para essa população. Assistência promove bem-estar físico, mental e social dos pacientes

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 13/12/2014 às 13:00
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Serviço para idosos do Huoc completa 20 anos com leitos exclusivos para essa população. Assistência promove bem-estar físico, mental e social dos pacientes - FOTO: Helia Scheppa/JC Imagem
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Há 20 anos, os idosos que recorrem ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em Santo Amaro, área central do Recife, contam com um serviço que fornece assistência à saúde a partir de ações integradas capazes de promover o bem-estar físico, mental e social dessa população. O Centro de Referência em Atendimento à Saúde da Pessoa Idosa (Craspi) foi credenciado pelo Ministério da Saúde em 2002, a partir de um núcleo de atendimento inaugurado no hospital em 1994: o Gero-Huoc.

“É um serviço importante porque cuida de uma demanda cada vez maior”, diz a coordenadora do centro, Marília Siqueira Campos, ao se referir ao aumento mundial da população idosa, que exige um acompanhamento especial por parte dos médicos e demais profissionais de saúde.

Além de proporcionar atendimento ambulatorial em salas dedicadas exclusivamente para consultas de rotina, o Craspi é o único hospital público do Estado a ter leitos de enfermaria específicos (ao todo, são 16) para o setor da geriatria – especialidade médica que abrange desde a promoção do envelhecimento até o tratamento e a reabilitação da população idosa.

Unidade proporciona atendimento ambulatorial em salas dedicadas exclusivamente para consultas de rotina

Esse diferencial é importante porque, numa área exclusiva para atender esse público, a equipe médica consegue analisar as particularidades das pessoas mais velhas de forma holística. “Isso dá mais segurança para adoção de abordagens diferenciadas, como dar mais atenção a um idoso com hipertensão arterial, que tem um maior risco de desenvolver um acidente vascular cerebral do que um jovem também hipertenso”, acredita Marília.

A médica reforça que, como a maioria dos serviços públicos de saúde, o Craspi tem limitações e, ainda assim, consegue ser aprovado por pacientes e acompanhantes. A unidade fez um levantamento com pacientes e acompanhantes, com o intuito de conhecer a opinião das pessoas que frequentam a unidade. “Entre os nossos usuários, 75% classificaram o centro como ótimo. Os outros 25%, como bom.”

A copeira aposentada Filomena da Silva, 81 anos, é uma das pacientes atendidas no ambulatório. Procurou a unidade após experiências frustradas em consultas com médicos vinculados ao plano de saúde. “Eles nem olhavam para mim. A consulta era bem rápida. Resolvi procurar o Craspi.” No serviço, ela recebe orientações para cuidar do colesterol e foi encaminhada para uma nutricionista.

“Passei a tomar um suplemento e a me alimentar melhor. Estou me sentindo bem e já vim para uma segunda consulta. A médica disse que estou tendo bons resultados”, comemora Filomena.

Leia a matéria completa na edição deste domingo do caderno Cidades

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