SAÚDE

Fundação Altino Ventura passa a atender pacientes com múltiplas deficiências

Centro Especializado em Reabilitação da instituição amplia o acesso da população ao tratamento médico e terapêutico pelo Sistema Único de Saúde

Do JC Online
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Publicado em 27/06/2015 às 13:00
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Centro Especializado em Reabilitação da instituição amplia o acesso da população ao tratamento médico e terapêutico pelo Sistema Único de Saúde - FOTO: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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O Centro Especializado em Reabilitação (CER) da Fundação Altino Ventura passa a atender pacientes com múltiplas deficiências e, dessa maneira, amplia o acesso da população ao tratamento médico e terapêutico pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição, já reconhecida por oferecer assistência a pessoas que convivem com deficiências visual e intelectual, agora acolhe também quem tem deficiências física e auditiva, graças a uma habilitação fornecida pelo Ministério da Saúde, que repassará mensalmente cerca de R$ 345 mil ao CER para a realização das atividades. Em julho, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, virá ao Recife para participar de solenidade que certifica a unidade como referência no acompanhamento desse público. 

“Já começamos a oferecer um plano terapêutico diferenciado aos nossos pacientes, que contam com suporte da fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia e serviço social, além de outras especialidades. Também disponibilizamos consultas com otorrino, neurologista e ortopedista”, diz a presidente da Fundação Altino Ventura, Liana Ventura. O CER ainda oferece musicoterapia, práticas de ensino do sistema Braille, aulas de informática assistiva, exames audiométricos e sala de adaptação de auxílios ópticos. 

“Ainda temos, contudo, uma demanda reprimida muito alta. O paciente espera, pelo menos, três meses para ser atendido. A nossa esperança é que esse tempo diminua a partir dessa habilitação conferida pelo Ministério da Saúde, pois teremos possibilidade de contratar mais profissionais”, informa Liana Ventura. Com a expansão no atendimento, o CER terá condições brevemente de prestar assistência a 3 mil pessoas – 50% a mais do que era oferecido antes da habilitação pelo Ministério da Saúde. A certificação também permitirá um reforço na área de promoção à saúde visual. Já são disponibilizados quatro consultórios oftalmológicos, além de duas salas de estimulação visual e global precoce.

“Nosso foco será o projeto terapêutico singular de cada paciente, o que possibilita a abrangência do trabalho integrado, que envolve não apenas a nossa equipe multiprofissional, mas também o paciente e a família”, reforça Liana Ventura. Ela informa que pessoas de todas as faixas etárias podem se beneficiar com os serviços oferecidos pelo CER. O público alvo são pessoas que têm atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, como aquelas que foram vítimas de acidentes. Aquelas que convivem com deficiência auditiva e limitações físicas também podem receber apoio terapêutico da instituição. 

Entre as atividades socioculturais que promovem a reabilitação está a musicoterapia, que reúne pacientes de todas as faixas etárias com o objetivo de promover aspectos neurocognitivos das pessoas com múltiplas deficiências. “No caso de quem tem baixa visão, fazemos um trabalho de estimulação visual com as cores dos instrumentos, que mesclam muitos tons e contrastes. E aqueles com deficiência auditiva podem se beneficiar quando sentem a vibração dos instrumentos”, explica a musicoterapeuta Eliane Teles. 

O garoto João Vitor, 4 anos, faz parte do grupo beneficiado com a atividade. Acompanhado há um ano pelo CER, ele se enche de alegria quando a professora mescla som, ritmo e melodia na sala. “A musicoterapia é encantadora. Ele gosta muito e fica bem quando termina a aula”, conta a avó de João Vitor, Maria Joselita Santana, 54. 

As pessoas que desejam se beneficiar das atividades oferecidas pelo CER devem ser encaminhadas pela Secretaria de Saúde do Estado, mas há a possibilidade de procurar diretamente a unidade para marcar as consultas. 

Serviço:

O CER da Fundação Altino Ventura fica na Avenida Maurício de Nassau, 2075, Iputinga, Recife. Fone: 3302-4343 

Leia a matéria completa na edição deste domingo (28/6) do caderno Cidades

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