ALEITAMENTO MATERNO

É possível vencer os desafios para garantir a amamentação

Informação e apoio encorajam as mães a não desistirem de manter o bebê no peito

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 03/08/2015 às 7:12
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Informação e apoio encorajam as mães a não desistirem de manter o bebê no peito - FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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Na década de 1980, só 3,6% dos bebês brasileiros recebiam apenas leite materno até os 4 meses. Diferentemente de hoje, quando a prevalência de amamentação exclusiva deve saltar para 51,2% (segundo previsão de estudo do Ministério da Saúde em fase de conclusão), o aleitamento sem a oferta de qualquer outro líquido ou alimento era, naquela época, recomendado com mais ênfase nos 120 primeiros dias da criança.

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Desde 2001, quando se passou a apoiar fortemente a amamentação exclusiva por 180 dias, os ganhos foram inúmeros, como a redução da taxa mortalidade infantil – que chegou, em Pernambuco, a 16 por mil nascidos vivos em 2012 – era de 25,8 em 2007. “Não restam dúvidas de que o trabalho de promoção ao aleitamento materno, nos últimos anos, contribuíram com essa queda”, acredita a neonatologista Lindacir Sampaio, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Lindacir Sampaio.

A babá Aline Santana, 23 anos, só mamou até os 2 meses. “Minha mãe conta que ela tinha pouco leite”, diz. Hoje em dia, quando os especialistas escutam um relato assim das mães, ensinam uma porção de atitudes que a mulher pode adotar para uma maior produção. “Quanto mais o bebê mama, mais leite a mulher vai produzir. Esse estímulo é a melhor forma de manter o aleitamento”, explica a pediatra Bernadete Dantas, do Banco de Leite do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

Um depoimento como esse serve é valioso para Aline, mãe de Francisco, de 21 dias. “É por falta de conhecimento que a gente deixa de amamentar antes do tempo recomendado. Minha filha, Isabelle, só mamou até os 4 meses. Mas estou mais tranquila com Francisco. Pretendo dar de mamar mais tempo”, conta. 

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Como amamentar é um hábito que requer aprendizado, dificuldades sempre vão existir no início, especialmente porque nenhum bebê nasce sabendo a pegar o seio da forma correta. “Achava que não tinha leite assim que meu filho nasceu. Mas a dificuldade era porque ele não estava numa boa posição no peito. Depois que me ensinaram, ele começou a mamar bem”, diz a estudante de economia Geane Santana, 24, mãe de Arthur Guilherme, de 6 dias. 

Obstáculos também podem aparecer quando o bebê está crescidinho. “Pedi ajuda no banco de leite porque, agora com três meses, meu filho começou a chorar demais para pegar o peito”, conta a estudante Kênia da Silva, 18, mãe de Salomão. Com uma boa produção de leite, ela foi encorajada a não desistir da missão de amamentar. “Em muitos casos, pequenas mudanças, como retirada das mamadeiras, ajuda a mãe a retomar o aleitamento”, conclui Bernadete. 

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