Saúde

Escolas do Recife participam de campanha contra hanseníase e geo-helmintíase

Profissionais da Secretaria de Municipal de Saúde circularão pelas instituições de ensino para fazer trabalho preventivo

Da editoria de Cidades
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Publicado em 18/08/2015 às 14:01
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Profissionais da Secretaria de Municipal de Saúde circularão pelas instituições de ensino para fazer trabalho preventivo - FOTO: Free Images
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Cerca de 40 mil alunos entre 5 a 14 anos de 131 escolas do Recife são o público-alvo da Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-Helmintíase, que começa nesta quarta-feira (19). A abertura oficial ocorrerá, às 8h30, na Escola Municipal Dina de Oliveira, na Iputinga, Zona Oeste da cidade, com exposição de trabalhos relacionados ao tema e apresentações culturais.

Até novembro, profissionais da Secretaria de Saúde do Recife circularão pelas instituições de ensino para medicar os estudantes contra as verminoses e identificar alunos com sinais da hanseníase. 

Desde abril, os técnicos sensibilizaram professores e pais de alunos sobre a importância da campanha. Agora, a estratégia recomendada para o controle das geo-helmintíases é fazer a administração da medicação albendazol 400 mg (comprimido). Caso o pai (ou responsável) não esteja de acordo com a administração do medicamento, deverá assinar o termo de recusa e direcioná-lo para a escola.

Em relação à hanseníase, os alunos (ou responsáveis) precisam preencher uma ficha de autoimagem que será analisada por profissionais de saúde. Os casos suspeitos serão encaminhados para a realização de exames clínicos e dermatológicos. O tratamento da doença é feito com antibióticos e dura cerca de seis meses.

Saiba mais

A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa. A transmissão ocorre, principalmente, pelas vias respiratórias superiores, de pessoa a pessoa pelo contato íntimo e prolongado. Em 2014, Recife apresentou uma taxa de detecção de 30,46 casos por 100 mil habitantes, o que configura uma situação de hiperendemicidade para os parâmetros nacionais.

Para menores de 15 anos, a taxa de detecção foi de 14,8 casos por 100 mil habitantes, o que indica presença de casos não diagnosticados em adultos, fonte de infecção para crianças e adolescentes no espaço intradomiciliar. Um dos fatores que contribuem para a transmissão é o abandono do tratamento.

Já as geo-helmintíases representam um grupo de doenças parasitárias intestinais e constituem um grave problema de saúde pública em diversas cidades do mundo. Sua presença está associada, quase sempre, ao baixo desenvolvimento econômico, carência de saneamento básico e falta de higiene, uma vez que esses vermes são facilmente transmitidos pela água, alimentos, mãos e ambientes contaminados.

As crianças constituem um grupo vulnerável para a geo-helmintíase e uma atenção especial deve ser dada a esse grupo, uma vez que essa doença causa impacto negativo no crescimento físico e desenvolvimento cognitivo, além de uma diversidade de quadros mórbidos que podem gerar complicações exigindo, até mesmo, intervenções cirúrgicas e, inclusive, levar ao óbito.

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