A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse nesta sexta-feira (11) que no dia 1º de abril toda a rede de assistência social no Brasil, pública e privada, fará um dia de mobilização para o combate ao Aedes aegypti. “Hoje temos cerca de 600 mil profissionais, desde assistentes sociais, educadores, psicólogos, trabalhando na área. A proposta é que, da mesma forma que trabalhamos na rede de educação, envolvendo educadores, pais e crianças, agora vamos para a rede de assistência social”, afirmou.
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Tereza Campello falou aos servidores do ministério sobre a importância de combater o mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. O governo federal promove hoje mais um dia de mobilização contra o Aedes aegypti nos imóveis da administração pública federal. A ação é uma continuidade daquela feita em 29 de janeiro, quando um mutirão verificou as dependências de edifícios públicos.
A proposta para a mobilização do dia 1º de abril é utilizar todos os centros de assistência social para chamar a população a cuidar de suas casas e eliminar focos do mosquito. “Mesmo que façamos a nossa parte como setor público e consigamos dar conta dos prédios, das ruas, da parte de saneamento, que acho que é uma tarefa grande ainda e um desafio para o Brasil, mesmo assim, daríamos conta em torno de 20% dos criadouros do mosquito. Porque em torno de 80% dos focos estão parados dentro das áreas privadas, das residências, dos terrenos baldios”, disse a ministra.
Acompanhamento das famílias
Apesar da ação da assistência social, Tereza Campello orienta a população a procurar a rede de saúde em caso de suspeita de dengue, febre chikungunya ou zika. Depois de serem encaminhadas pela rede de saúde, as gestantes com suspeita de infecção pelo vírus Zika vão ser acompanhadas pelaa assistência social. O objetivo é garantir que elas tenham acesso à informação e os cuidados necessários. “A gestante entra em uma situação de preocupação e vulnerabilidade, achando que o bebê pode ter algum problema”, disse a ministra.
Os bebês já confirmados com microcefalia também estão sendo acompanhados pela assistência social. “A criança com microcefalia, que está sendo acompanhada por profissionais e tendo estimulação precoce, tem muito mais chance de se desenvolver se esse trabalho for iniciado logo nas primeiras semanas e se for continuado nos primeiros seis meses de vida”, acrescentou.
As famílias de crianças com microcefalia com renda até um quarto de salário mínimo per capita têm direito ao Benefício de Prestação Continuada para a pessoa com deficiência, que pode ser solicitado na rede de assistência social e no Instituto Nacional do Seguro Social.
“Se imaginarmos uma família de quatro pessoas, um quarto de salário mínimo per capita é uma renda média familiar de dois salários mínimos. É um nível de cobertura que alcança mais da metade da população”.