MICROCEFALIA

Fundação Altino Ventura em busca de mais recursos para ampliar atendimento

122 bebês estão numa lista de espera para iniciarem tratamento no Centro de Reabilitação Menina dos Olhos

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 20/05/2016 às 8:03
Foto: Diego Nigro /  JC Imagem
122 bebês estão numa lista de espera para iniciarem tratamento no Centro de Reabilitação Menina dos Olhos - FOTO: Foto: Diego Nigro / JC Imagem
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Cento e vinte e dois bebês que nasceram com microcefalia em Pernambuco aguardam para serem atendidos no Centro de Reabilitação Menina dos Olhos, na Iputinga, Zona Oeste do Recife. A Fundação Altino Ventura, responsável pela unidade de saúde, está acompanhando 113 crianças. Para expandir o atendimento e diminuir a espera, necessita de recursos para contratar profissionais, adquirir material e equipamentos.

“Gostaríamos de atender todos os bebês que precisam de reabilitação e que nos procuram. Mas com a atual estrutura não conseguimos. Metade está na lista de espera. Para atendê-los teríamos que aumentar a equipe de oftamologistas, pediatras, otorrinos, neuros, ortopedistas fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais”, diz a presidente da Fundação Altino Ventura, Liana Ventura.



O custo mensal para atender um bebê com microcefalia é de R$ 450, em média. “Seria ótimo se empresas ou pessoas assumissem o custo do tratamento de uma ou mais criança. Criamos uma conta para doações ao projeto de microcefalia”, informa Liana. “Nossa preocupação é com o período mais importante do tratamento de visão desses bebês, entre três e seis meses de vida”, observa Liana. Depósitos podem ser realizados na Caixa Econômica Federal, agência 0050, conta 4173-1, variação 003.

Ontem, no Centro de Reabilitação, houve comemoração pelo Dia das Mães. Dezenas de mulheres e seus bebês assistiram à apresentação do Coral Menina dos Olhos. Houve também culto, distribuição de leite, fraldas e sorteio de cestas básicas, além de bolo e refrigerante.

“Acho importante uma atividade como essa porque nos ajuda e mostra que nós, mães de bebês com microcefalia, não estamos sozinhas”, afirma Elaine Michele Marques, 29 anos, mãe de João, 9 meses. Moradora de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, ela deixou de trabalhar como garçonete para cuidar do filho.

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