Saúde

Associação que acolhe crianças com microcefalia ganha nova sede

Anúncio foi feito durante evento que comemorou 1 ano da União de Mães de Anjos (UMA)

Da editoria de Cidades
Cadastrado por
Da editoria de Cidades
Publicado em 29/12/2016 às 9:11
Diego Nigro/JC Imagem
Anúncio foi feito durante evento que comemorou 1 ano da União de Mães de Anjos (UMA) - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
Leitura:

Criada há um ano, a União de Mães de Anjos (UMA), que acolhe famílias das crianças nascidas com síndrome congênita do zika e microcefalia, realizou na quarta-feira (28) um culto de ação de graças para comemorar conquistas alcançadas para beneficiar centenas de bebês que apresentam comprometimentos decorrentes da infecção pelo zika na gestação. Durante o evento, realizado no Teatro do Brum (Centro de Convenções), em Olinda, a UMA anunciou o local da nova sede, no Barro, Zona Oeste do Recife. A casa, com dois pavimentos (térreo e primeiro andar), foi adquirida a partir da ajuda de uma empresária, que não quis se identificar, segundo a presidente da UMA, Germana Soares, mãe de Guilherme, que nasceu com a síndrome congênita do zika.

No dia 30 de novembro, a UMA foi desalojada do imóvel onde funcionava uma ONG, no bairro de Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife, e realizou movimento para conseguir uma nova sede. “Quando soube do nosso apelo, a empresária nos procurou e disponibilizou determinado valor para irmos atrás do imóvel e comprá-lo. A partir do dia 15 de janeiro, estaremos nesta casa no Barro. Vamos ter a chance de construir um centro de terapias na sede. É o nosso sonho. Contaremos com profissionais voluntários, como fisioterapeuta, fono e terapeuta ocupacional”, informa Germana, que anuncia a campanha para a associação montar toda a estrutura e atender as crianças. “Vamos fazer uma lista de tudo o que precisamos, como os itens fundamentais para montarmos os kits de estimulação precoce e reabilitação para os bebês.”

A UMA, fundada no dia 22 de dezembro do ano passado a partir da união de oito mães que se conheceram logo após o nascimento dos primeiros bebês acometidos pela zika, congrega atualmente 319 mães de todo o Estado. Além de realizar trabalhos no Recife, a associação atua em Ipojuca e no Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife), em Belo Jardim e Caruaru (Agreste), em Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro (Sertão). “Na última semana, criamos uma filial em Garanhuns e, em janeiro, haverá outra em Cortês”, diz Germana. Os dois municípios ficam no Agreste do Estado.

UNIÃO

A presidente da UMA considera que a associação é um divisor de águas para as famílias das crianças com microcefalia. “A partir da nossa união, ganhamos força. Eu, por exemplo, passei a lutar pelo direito do meu filho. Fui conhecendo outras mães e vi que, além do diagnóstico dos nossos filhos, tínhamos em comum a busca por melhor assistência.”

Ela acrescenta que, a partir das reivindicações da UMA, as crianças com microcefalia e síndrome congênita do zika passaram a ter maior número de especialistas para acompanhamento. “Além disso, medicamentos anticonvulsivos que estavam em falta passaram a ser disponibilizados pela Farmácia do Estado. Agora, há estoque de um desses remédios para seis meses”, frisa Germana.

O próximo mutirão para as crianças acontece no dia 4 de janeiro, no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru (Agreste). Elas serão atendidas por ortopedistas, neuro e gastropediatras. Para ajudar a UMA: 81 98904-9659 e 81 99599-0118.

Últimas notícias