Saúde

Pernambuco registra a 1ª morte suspeita por arboviroses de 2017

Caso segue para investigação e será confirmado ou descartado pelo Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 08/02/2017 às 15:16
Alexandre Gondim/JC Imagem
Caso segue para investigação e será confirmado ou descartado pelo Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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O quinto balanço de 2017 de dengue, chicungunha e zika, divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), registra a primeira morte suspeita por arboviroses de Pernambuco. A vítima era residente da 12ª Gerência Regional de Saúde, com sede em Goiana, na Zona da Mata Norte. Como todos os casos, esse segue para investigação e será confirmado ou descartado pelo Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses. Segundo protocolo, é feita investigação domiciliar e hospitalar da morte e das informações complementares do quadro clínico do paciente. No mesmo período de 2016, quando Pernambuco enfrentava a tríplice epidemia, houve a notificação de 54 óbitos suspeitos para arboviroses.

Ainda em comparação com o mesmo período do ano passado, os casos de dengue, chicungunha e zika continuam a apresentar queda de aproximadamente 98% para cada uma das doenças. Até o dia 4 deste mês, foram registrados 615 casos suspeitos de dengue em 70 municípios do Estado. Para o mesmo intervalo de tempo em 2016, foram 40.526 notificações. Em relação à chicungunha e zika, a redução também se mantém expressiva.

O declínio de casos, contudo, não é o suficiente para sugerir que Pernambuco está livre do risco de surtos este ano. “O fato de terem sido registrados poucos casos até o momento não permite concluir ainda a ausência de epidemias para 2017. É preciso monitorar o volume de casos nos próximos três meses. Como há o vetor (Aedes), provavelmente terá alguma epidemia, mesmo que seja com menos registros (em comparação com os últimos dois anos)”, destaca o médico Carlos Brito, membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde.

GRUPOS

O quinto boletim da SES também destaca que o maior número de casos de dengue, chicungunha e zika permanece na faixa etária de 20 a 39 anos (com 363 notificações). Outro detalhe é que, dos 60 casos suspeitos de zika, 34 se concentram em crianças (faixa etária de 0 a 9 anos). Já em relação às gestantes que apresentaram exantema (manchas vermelhas na pele), foram cadastrados este ano 23 casos com suspeita de arboviroses (um foi confirmado para dengue e outro para chicungunha).

Em todo o ano passado, foram registrados 383 óbitos por arboviroses. Até o momento, 161 tiveram resultados laboratoriais positivos, sendo 35 (21,7%) para dengue, 86 (53,4%) para chicungunha, 37 (23,%) para dengue e chicungunha, um (0,6%) para zika e dois (1,2%) para zika e chicungunha.

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