Saúde

Sobe para 79 o nº de cidades em PE com risco de surto de zika, chicungunha e dengue

Resultado é do 2º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) deste ano

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 06/04/2017 às 10:56
Alexandre Gondim/JC Imagem
Resultado é do 2º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) deste ano - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Até agora, os casos de dengue, chicungunha e zika registrados este ano, em Pernambuco, estão abaixo do esperado para a temporada. No Estado, pelo menos 3.830 pessoas adoeceram com sintomas de alguma arbovirose. Desse total, 806 casos foram confirmados. Se os casos suspeitos atuais forem comparados com os do mesmo período de 2016, há redução de 97,1% dos casos de dengue, 97,8% de chicungunha e 98,1% de zika, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ainda é cedo, contudo, para afirmar que os municípios estão fora do risco de epidemia de arboviroses este ano.

A possibilidade de adoecimento coletivo existe, especialmente se for levado em consideração o 2º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) deste ano. São 79 municípios que estão em risco de surto de dengue, chicungunha ou zika; outras 72 cidades estão em alerta. No 1º LIRAa, eram 61 municípios com risco de surto e 60 em alerta. O levantamento é baseado na medição de focos do mosquito.

“Estes dias de chuva, seguidos de sol e temperaturas elevadas, favorecem a proliferação do mosquito (Aedes aegypti). Por isso, os cuidados devem ser reforçados. Muitos resíduos descartados a céu aberto, por exemplo, podem se tornar criadouros. Se relaxarmos, a epidemia vem a qualquer momento”, alerta a coordenadora do Programa de Controle de Arboviroses da SES, Claudenice Pontes. Ela destaca que será ativado o Comitê de Mobilização Social, no próximo dia 17, para definir estratégias que reforçam o combate ao mosquito. “Vamos mostrar a redução de casos das arboviroses, mas também vamos chamar a atenção para a situação ambiental favorável (à transmissão de dengue, chicungunha e zika).”

No Recife, a possibilidade para surto das doenças transmitidas pelo Aedes é média. “Por muito tempo, ainda vamos dizer que não há risco nulo de epidemia na cidade. Passamos por um momento que pede atenção especial ao acúmulo de água em casa, decorrente do racionamento”, diz o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.

POR SEMANA

É importante considerar que, embora as notificações tenham caído este ano no Estado, em comparação com 2016, o volume de casos suspeitos tem aumentado nos últimos dias, mesmo em que pequenos percentuais. Entre as semanas epidemiológicas 11 e 12, observou-se um acréscimo de 2,6% nas notificações de dengue, 18% de chicungunha e 0,7% de zika. Da semana 12 para a 13, o aumento foi, respectivamente, de 1,7%, 0,9% e 0,6%. O boletim da SES também mostra que este ano 13 mortes por arboviroses foram notificadas – no mesmo período de 2016, foram 260.

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