PREVENÇÃO

SES lança material sobre esporotricose durante 4º Congresso da Amupe

Micose subcutânea que pode acometer humanos e animais, sobretudo gatos. Quando diagnosticada no estágio inicial, tem tratamento

Editoria de Cidades
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Publicado em 25/07/2017 às 8:51
Foto: Isabella Dib Gremião / Reprodução
Micose subcutânea que pode acometer humanos e animais, sobretudo gatos. Quando diagnosticada no estágio inicial, tem tratamento - FOTO: Foto: Isabella Dib Gremião / Reprodução
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Um material informativo sobre a esporotricose, micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix sp., que pode acometer humanos e animais, sobretudo gatos, será lançado pela Secretaria Estadual de Saúde, nesta terça (25), durante a abertura do 4º Congresso Pernambucano de Municípios. O folder traz explicações sobre o fungo causador, sintomas, manifestações clínicas no homem e no gato, diagnóstico e tratamento, além de dicas de prevenção. O evento acontece no Centro de Convenções, em Olinda, com início a partir das 10h30.

A intenção é distribuir o material para as secretarias municipais, já que o atendimento a estes pacientes é realizado nos postos de saúde; e também aos serviços de controle de zoonoses, responsável pelo tratamento no animal. "Vamos aproveitar a oportunidade em que os 184 municípios pernambucanos estarão reunidos em um mesmo evento da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para apresentação e entrega deste material de campanha. Dessa forma, podemos orientar os serviços e auxiliar a assistência", pontua o gerente de Vigilância e Controle de Zoonoses da SES, Francisco Duarte.

A esporotricose tem tratamento, principalmente quando é diagnosticada corretamente e em estágio inicial. É de médio a longo prazo, entre seis meses a um ano, podendo ser mais longo nos felinos, feito por antifúngicos. A ocorrência da doença está relacionada a regiões com umidade elevada e desde o final do ano passado, a SES implementou a vigilância da doença com a notificação de casos, diagnóstico laboratorial e oficinas de trabalho para definir diretrizes e fluxos com municípios. O diagnóstico pode ser clínico (reconhecimento da lesão) ou laboratorial (identificação do fungo). O diagnóstico e as análises laboratoriais em humanos na rede estadual são feitos no Laboratório de Endemias (Labend), unidade do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE). No caso do animal, o Laben é responsável apenas pela análise laboratorial. Em 2016, o Lacen confirmou 45 casos em animas. Em humanos, 4 casos. Já em 2017, até julho, foram 65 casos em animais e 8 em humanos.

Doença

O fungo causador da esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, em especial gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada. No homem a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente estão presentes nos braços, pernas ou no rosto formando uma fileira de nódulos e feridas, afetando pele e vasos linfáticos próximos à lesão, mas pode também atacar ossos, pulmões e articulações. Já nos animais, as manifestações clínicas são variadas. Os sinais mais frequentes são lesões ulceradas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente.

Amupe

Durante o Congresso, que ocorre até esta quinta (27), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) estará com estande e distribuição de outros materiais informativos envolvendo as áreas de Vigilância e Assistência em Saúde. Também serão debatidos temas como o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde, além do fenômeno da judicialização na gestão municipal, ambos ministrados pela secretária executiva de Coordenação Geral da SES, Ana Claudia Callou, na próxima quarta (26).

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