Saúde

Ansiedade e depressão afetam 30% das mães de crianças com síndrome congênita do zika

Fundação Altino Ventura busca parceiros que possam oferecer apoio psicológico e intervenção psiquiátrica às mães

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 12/11/2018 às 13:02
Foto: Fernando da Hora/Acervo JC Imagem
Fundação Altino Ventura busca parceiros que possam oferecer apoio psicológico e intervenção psiquiátrica às mães - FOTO: Foto: Fernando da Hora/Acervo JC Imagem
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Os resultados do primeiro ano da pesquisa da Fundação Altino Ventura (FAV), em parceria com o governo americano, para retratar o perfil das famílias de crianças com a síndrome congênita do zika vírus, revelam que cerca de 30% das mães apresentam estresse em nível elevado, que pode caracterizar um transtorno de ansiedade e/ou um quadro depressivo.

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“É uma taxa alta. Estamos em busca de parceiros que possam oferecer apoio psicológico e intervenção psiquiátrica a essas mulheres. Elas precisam de um acompanhamento mais de perto”, informou a oftalmologista Camila Ventura, no programa Casa Saudável, da TV JC, na terça-feira (6). 

Durante a entrevista, ela convocou profissionais da saúde mental para dar suporte às mães. A oftalmologista foi a primeira a relatar, pela primeira vez, ainda em 2015, a relação entre lesões oculares e infecção pelo zika na gestação. “Agora, tentamos identificar precocemente qualquer sinal de depressão e ansiedade. Precisamos agir o mais rápido possível. Não podemos esconder essa condição debaixo do tapete”, alertou Camila.

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