Com objetos usados pelas pessoas em tarefas simples do cotidiano, os artistas também podem contar as mais diversas histórias. O público confere trabalhos com esta proposta nas salas preparadas pelo Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito) no Marco Zero. Hoje e amanhã (12 e 13/11) ainda acontece muita coisa no local, a partir das 16h30 (os espetáculos tem classificação livre, 12 anos e adulto). A entrada é gratuita e os ingressos são distribuídos meia hora antes do início da sessão.
O Teatro de Objetos nasceu na Europa, na década de 1970. É de lá que vem a maioria das atrações do Fito. Há 13 grupos da França, Itália, Espanha, Bélgica e Holanda, além de Israel, Argentina e Brasil. Eles realizam mais de 60 apresentações no festival promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-PE/Fiepe). Entre eles está a Cia. Gente Falante Teatro de Bonecos (RS), que completou 20 anos em agosto de 2011. Neste Fito, o grupo mostra sua primeira criação em Teatro de Objetos, Louça Cinderella. Na adaptação uma xícara comum representa a personagem título e a história é contada em um chá das cinco. Hoje (12/11), as sessões dela começam às 17h, 18h, 19h e 20h.
“Como é uma linguagem complexa, muito difícil, até o pessoal da classe bonequeira diz que é quase como tirar leite de pedra. Você pega um objeto que aparentemente não tem nenhuma expressividade e começa a destrinchar até que as pessoas acreditam que é uma figura humana, um personagem, algo que possa tocar o coração”, afirma o diretor do grupo, Paulo Martins Fontes.
Além das apresentações que acontecem nas salas, algumas atrações do Fito são mostradas no palco (como os shows de Naná Vasconcelos e Tom Zé) ou mesmo entre a plateia. Este é o caso de uma série de perfomances preparadas pelo Grupo XPTO (SP). Uma delas acontece hoje (12/11), às 16h30, junto com o músico recifense.
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