Teatro

Jana Figarella fala sobre a emoção de viver Cássia Eller

Atriz radicada em Pernambuco interpreta hoje a cantora no musical em cartaz no RioMar

Do JC Online
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Publicado em 15/08/2015 às 6:08
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Atriz radicada em Pernambuco interpreta hoje a cantora no musical em cartaz no RioMar - FOTO: Divulgação
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Jana Figarella não escondeu a emoção na hora de agradecer ao público que lotou, na quinta-feira, a primeira sessão da curta temporada de Cássia Eller – O Musical, no RioMar Shopping. Nascida em Manaus e radicada no Recife, a moça esteve por anos cantando nas bares da noite recifense sem saber que um dia subiria num palco para viver uma das mais lendárias cantoras nacionais. “Aqui foi onde tudo começou. Voltar para cá foi muito emocionante. Tinha muita gente da faculdade, gente que ia nos meus shows...”, conta ela por telefone.  

Hoje Jana assume o papel-título da montagem carioca, uma das mais badaladas da febre de musicais biográficos brasileiros, numa sessão especial. Às 17h ela protagoniza Cássia Eller, substituindo a colega Tacy de Campos (Tacy volta ao posto na sessão das 21h). 

Tem sido assim desde novembro, quando o espetáculo começou temporada em São Paulo, após a estreia no Rio de Janeiro. Nos dias de duas apresentações, Jana entra em cena como protagonista. “É um trabalho muito puxado. A Tacy começou a ter problemas nas cordas vocais. Desde o início me chamaram para o papel para ser substituta dela. Tanto é que, quando não estou fazendo Cássia tenho personagens (Rúbia e Dora, irmã e amiga da cantora, respectivamente) que podem ser facilmente substituídas”. 

Formada em Artes Cênicas na Universidade Federal de Pernambuco, Jana Figarella jamais imaginou interpretar um musical. Era avessa ao estilo que nos últimos anos tem ganhado força no Brasil. “Eu tinha um pouco de preconceito com musical. Não gostava desse estilo Broadway, de dançar, fazer pirueta no ar... Mas tive sorte de estar num musical diferente. Afinal, a Cássia jamais iria gostar de ver espetáculo sobre ela com os atores fazendo aquelas coisa”, conta a moça, que se mudou para o Rio de Janeiro há pouco mais de um ano e meio, após o convite da direção do espetáculo. 

Crítica: ‘Cássia Eller’ é mais música do que teatro

As dificuldades da carreira de atriz fizeram Jana preferir a verve cantora. Em paralelo às aulas de teatro que ministrava, ela também começou a cantar em bares e boates da cidade, como o Clube Metrópole, o Santo Bar e Conchittas, no Centro, e o Bar da Galinha, em Candeias, Jaboatão. “Minha maior influência musical era a bossa nova. Eu bebia nas fontes do tropicalismo. Nunca fui do rock and roll. Depois que a Cássia apareceu na minha vida, nesse projeto, eu comecei a ser picada pelo mosquito do rock. Daí dei uma mesclada.”

Foi por acaso que Jana chegou aos olhos dos diretores João Fonseca e Vinícius Arneiro. “Eu morava no Recife e fui ao show de gravação de Nena Queiroga, minha amiga, no Cais da Alfândega. Pensei se deveria ir mesmo, porque não estava num dia bom para ficar na multidão. Mas Nena insistiu, e fui”, lembra a atriz. “No show eu encontrei uma amiga que não via há muito tempo e ela me apresentou ao seu marido, Fernando Nunes, que foi baixista de Cássia Eller. Ele me falou que estavam acontecendo audições pra o musical. Já tinha acabado, na verdade, mas ele insistiu e enviei pelo Facebook um vídeo, dias depois.”

No mesmo dia que o vídeo foi enviado, a produção do musical entrou em contato com Jana e a convidou para um teste no Rio. “Minha mãe me ajudou a pagar tudo, e eu fui”. Nesse novo momento da vida, a moça já faz planos para o futuro. Mesmo com o trabalho puxado no musical, ela planeja novos testes para outros espetáculos e não vê a hora de subir ao palco para, aqui, viver Cássia. 

 

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