Os biógrafos de Martin Luther King Jr. (1929-1968), um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo, relatam que, no seu último dia de vida, ele participou de situações prosaicas, como uma guerra de travesseiros. Mas Luther King também ficou algumas horas sozinho no quarto do hotel em Memphis, onde foi assassinado no dia 4 de abril de 1968.
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É durante esse período, do qual não se sabem detalhes, que a jovem dramaturga Katori Hall ambienta a peça O Topo da Montanha, que estreia na sexta-feira (9/10), no Teatro Faap. "O texto fala da coragem de um homem na luta pelos direitos humanos", observa o ator Lázaro Ramos, que vive o pastor Luther King, além de dirigir a montagem. "Mas ele não usa a agressão como arma de luta, mas, sim, a dignidade e a tolerância para conseguir o respeito do próximo."
Na peça, Katori Hall se aproveita do mistério que cerca aqueles momentos para criar um encontro hipotético entre Luther King e Camae, uma misteriosa camareira em seu primeiro dia de trabalho no hotel. Vivida por Taís Araújo, ela confronta o líder, questionando-o sem temor, estimulando um tenso e bem-humorado jogo de provocações, que vai ressaltar sua humanidade.
*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.