Entrevista

Marco Luque faz show beneficente no Teatro RioMar

Ator e humorista traz o espetáculo 'Tâmo Junto!' nesta segunda-feira (20)

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 20/08/2018 às 12:51
Foto: Gustavo Arrais/Divulgação
Ator e humorista traz o espetáculo 'Tâmo Junto!' nesta segunda-feira (20) - FOTO: Foto: Gustavo Arrais/Divulgação
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De cara limpa e casa cheia, o ator e humorista Marco Luque volta nesta segunda-feira (20) ao Recife para uma sessão especial de seu espetáculo Tâmo Junto, no Teatro RioMar. O paulista participa do projeto RioMar de Humor, do RioMar Shopping, onde todo o valor da renda será revertido para o GAC – Grupo de Apoio à Criança Carente com Câncer. Ao Jornal do Commercio, o artista conta um pouco sobre seus trabalhos e as dificuldades de levar sorrisos ao grande público.

ENTREVISTA // MARCO LUQUE

JORNAL DO COMMERCIO – Marco, qual a maior dificuldade de fazer o público sorrir?
MARCO LUQUE – Acho que a maior dificuldade está quando você entra no palco, quando dá de cara com o público e começa sua apresentação. Aqueles segundos dão um frio na barriga, mas logo passa! (risos). Quando tudo se inicia, eu busco sempre trazer empatia nas situações que conto e divertir muito as pessoas. Naquele momento, quero que elas esqueçam todos os problemas e apenas curtam.

JC – Você tem Chico Anísio, Jô Soares e Tom Cavalcante como inspirações. Que características deles você insere no teu trabalho?
MARCO – Eu me inspiro muito neles, são ídolos de toda minha vida. Não busco características específicas, mas o trabalho que todos desenvolveram, sabe? Procurei sempre observá-los e ver suas nuances, sempre com grande admiração.

JC – Até que ponto o “politicamente correto” afeta a tua forma de fazer humor?
MARCO – Eu sempre tive um humor baseado no respeito acima de tudo. Acho isso primordial. Procuro sempre refletir antes de qualquer piada. Meu trabalho é para famílias, para juntar todo mundo e arrancar boas risadas.

JC – Você encerrou recentemente uma temporada de seu primeiro musical, Os Produtores. Qual foi o seu maior aprendizado com esta experiência?
MARCO – Nossa, eu acho que não consigo te dizer em palavras o tamanho de todo aprendizado que eu tive. Foi algo enorme, que me tirou da zona de conforto e me fez aprender muito como pessoa e como profissional. Aprendi a cantar, dançar e, depois de 12 anos trabalhando sozinho nos palcos, tive apoio de uma grande equipe e fiz grandes amigos. Só agradeço hoje pela oportunidade e belo presente que recebi.

JC – Você está fixo no Altas Horas (Globo) há pouco mais de dois anos. Você acredita que seus personagens amadureceram mais através dessas participações?
MARCO – Eu já possuía grande parte dos personagens há muito tempo, então não digo que amadureceram. Mas, com certeza, esses dois anos só somaram no enriquecimento deles, na empatia com o público, nos feedbacks das pessoas.

JC – Em breve você chega aos cinemas no filme O Homem Perfeito. O que é possível adiantar sobre o Rodrigo?
MARCO – Ele é um homem tranquilo, sem nenhum apego às regras sociais. É um estudante de artes, que não trabalha. No longa, ele participa de uma disputa entre as personagens de Luana Piovani e Juliana Paiva.

JC – A nova Escolinha do Professor Raimundo foi aprovada pelo público e crítica. Em breve você volta na nova temporada como Patropi. Há uma pressão em dar vida a um personagem imortalizado por outro ator?
MARCO – Não pressão, mas uma grande responsabilidade. Viver personagens que sempre foram ídolos meus e que se tornaram imortais para o público exige muita dedicação, cuidado e respeito, acima de tudo.

JC – O CQC completou 10 anos de sua estreia em 2018. Você acha que o programa faz falta na TV atualmente?
MARCO – Sim, com certeza. O CQC trouxe um formato diferente para a TV, com muita reflexão usando o humor. Ali, era claro perceber que o humor tem também intuito de provocar público, fazer refletir, tirar de zonas de conforto cristalizadas.

JC – Você tem duas filhas. Isadora e Mel são a sua plateia mais exigente nos palcos e na vida?
MARCO – Com absoluta certeza! Minhas filhas são tudo de mais precioso que tenho na minha vida, procuro ser melhor a cada dia por elas e para elas. Quero que sejam felizes acima de tudo e procuro disseminar valores humanos e sociais para que elas se tornem adultas responsáveis, éticas, altruístas, honestas, empáticas, entre outras coisas.

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