Enquanto organizava com a equipe da Casa do Cachorro Preto as peças da exposição que será inaugurada neste domingo (24/3) no local, o artista plástico Cavani Rosas continuava pensando em levar mais obras para o espaço cultural. Uma pintura que dialogaria com a que já estava colocada na parede ou, quem sabe, mais uma escultura. A mostra Metamorfo, a primeira desde que Cavani voltou a morar no Recife, reúne exemplos de cada vertente do trabalho dele: o desenho, a pintura e a escultura. O evento de abertura começa às 17h e conta com apresentação do DJ Ravi Moreno.
A mostra é formada por 12 desenhos, duas pinturas e cerca de dez esculturas. "São obras de várias épocas, algumas inéditas como estes desenhos com texto. Escolhi algumas pinturas também, raramente exponho pinturas, e várias esculturas", afirmou o artista, apontando para o desenho Autorretrato com um modelo imaginário (espelhado), de 1981.
Na parede ao lado da que recebe o autorretrato, há outro desenho que expressa a dramaticidade presente na obra de Cavani. "É uma obra sobre a violência, fiz quando estava em São Paulo. Isto é a Rua Augusta, tem um clima de medo na cena. Agora estão acontecendo estes ataques em São Paulo a policiais, em 2006 (ano em que foi feito o desenho) também aconteceu algo assim", lembra Cavani.
Neste dia de abertura, serão exibidos vídeos sobre o artista feitos pela cineasta Kátia Mesel. O próprio artista está envolvido em projetos no audiovisual: os curta-metragens Deixem Diana em paz (Júlio Cavani), O ex-mágico (Olimpio Gonçalves da Silveira Costa) e Sob a pele (Pedro Sotero e Daniel Bandeira). "Pretendo continuar tem um filme que estou dirigindo, sobre a história de Bráulio Tavares, Malassombrado", completa.
A matéria completa está no Caderno C deste domingo (24/3), no Jornal do Commercio.
