Exposição

MAC-PE abre mostra com a Coleção Chateaubriand

Ainda em reforma, Museu de Arte Contemporânea tem uma das salas ocupadas com telas de importância histórica

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 20/10/2016 às 8:27
Ashley Melo / JC IMAGEM
Ainda em reforma, Museu de Arte Contemporânea tem uma das salas ocupadas com telas de importância histórica - FOTO: Ashley Melo / JC IMAGEM
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As galerias principais continuam fechadas; o quintal interdidato, para a recuperação estrutural do terreno que cede ameaçado por formigueiros. As obras de recuperação emergencial do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco continuam diariamente, com previsão de abertura em janeiro. Mas hoje, a sala anexa ao principal do MAC onde funciona a administração recebe uma exposição com parte importante da Coleção Assis Chauteubriand.

A exposição faz parte do programa educativo do museu, com ações idealizadas pela arte-educadora Lúcia Padilha Cardoso, para visitas pedagógicas. Mas a preciosidade do acervo é um convite a públicos diversos. Com obras concentradas, sobretudo, no período que vai de 1930 a 1960, a mostra não apenas confirma alguns dos principais caminhos do modernismo brasileiro como os rumos e possibilidades apontados para o advento de uma arte contemporânea no Brasil. 

Previsto para ser divido em três módulos (Natureza, Pessoas e Abstratos), este primeiro momento é dedicado a paisagens e animais. Não de forma estéril, mas, com as preocupações de construção de identidade dos primeiros anos do século 20 (e, portanto, do modernismo), a indicar signos de subjetividades coletivas.

HISTÓRICAS

Há telas raríssimas, como as pinceladas impressionistas de Telles Jr. em Paisagem de Suape, de 1915. De Djanira, noutro exemplo, há uma natureza-morta (1966) de traços simples, diretos, trazendo fatias de melancias diante de uma janela como a sugerir um modo de vida. Há também paisagens diversas assinadas por artistas como João Baptista da Costa, Eliseu Visconti e Darel Valença. E pinturas e desenhos retratando animais por Wellington Virgulino, Tiago Amorim e Menochi Del Pichia. Francisco Brennand e Montez Magno também comparecem com naturezas-mortas.

“O projeto pretende aproximar o museu e o público através de ações educativas. Ao revelar o importante  acervo do MAC-PE, como conteúdo educativo para professores, alunos e público em geral, estará sendo oferecida a rara oportunidade de ter acesso a um patrimônio brasileiro muito rico”, diz Lucia Padilha. Agendamentos para escolas podem ser feitos pelo (81) 3184-3153.

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