Exposição

Joana Lira apresenta Carnaval de Pernambuco em exposição em São Paulo

Responsável pela identidade visual da folia recifense por dez anos, artista pernambucana apresenta sua visão da festa no Instituto Tomie Ohtake

JC Online
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Publicado em 23/01/2018 às 17:36
Tiago Lubambo / Joana Lira / Divulgação
Responsável pela identidade visual da folia recifense por dez anos, artista pernambucana apresenta sua visão da festa no Instituto Tomie Ohtake - FOTO: Tiago Lubambo / Joana Lira / Divulgação
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Responsável por imprimir nas ruas de Recife a identidade visual e a cenografia do carnaval pernambucano ao longo de dez anos, a artista gráfica pernambucana Joana Lira apresenta, no prestigioso Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, um resumo da visualidade do carnaval pernambucano. Com curadoria de Mamé Shimabukuro, a mostra esta aberta desde esta terça, 23 de janeiro.

"A mostra busca uma tonalidade experimental, ao costurar situações imersivas e documentais sobre as histórias e personagens deste carnaval, refletindo sobre como as representações gráficas da cultura carnavalesca interagem com os sentimentos e emoções das pessoas”, afirma a curadora. “Joana traduz com seu vigor criativo as tradicionais invenções do povo edificadas na cultura brasileira”, completa Ricardo Ohtake, diretor do instituto.

IMERSÃO

Com uma proposta imersiva nas narrativas que costuram o imaginário carnavalesco pernambucano, a trilha sonora da exposição é de Maurício Badé.

O primeiro núcleo da mostra trata da ideia de pertencimento, com conteúdos e registros de manifestações culturais locais: frevo, maracatu rural, maracatu nação e caboclinhos, além das propostas de intervenção urbana realizadas pela artista.
O segundo favorece a experiência sensorial: apresenta a pulsação do carnaval por meio de grandes projeções marcadas pelo som dos vários ritmos locais. O terceiro núcleo concentra-se na noção de transcendência, ao exibir personagens em tamanhos monumentais, as grandes proporções que sublinham o trabalho de Joana Lira.

 

“Joana desenvolveu uma antropologia visual expressa por uma linha preta vazada receptiva, que possibilita a expansão de formas geométricas e cores vibrantes. Ao mesmo tempo, estão implícitas e explícitas relações de euforia, alegria e sensualidade presentes em seu trabalho. Falamos aqui em relações estéticas e de constituição do sujeito relacionados a cidade de Recife, reconhecendo e revivendo raízes da cultura além de promover uma nova educação estética pela sensibilização do olhar”, sintetiza a curadora.

Exposição: Quando a vida é uma euforia, de Joana Lira. De 23 de janeiro a 4 de março. No Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Fone: (11) 2245-1900.

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