RARIDADE

Pollock do MAM já tem interessados em casa de leilão em NY

A tela Número 16, de Jackson Pollock, deve ser leiloada no dia 15 de novembro e já tem compradores interessados

Do Estadão Conteúdo Roberta Pennafort
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Roberta Pennafort
Publicado em 23/10/2018 às 19:33
Foto: MAM / Rio
A tela Número 16, de Jackson Pollock, deve ser leiloada no dia 15 de novembro e já tem compradores interessados - FOTO: Foto: MAM / Rio
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A notícia de que a tela Número 16, de Jackson Pollock, até então propriedade do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, irá a leilão na Phillips, em Nova York, na noite de 15 de novembro, agitou colecionadores. A casa de leilão já tem compradores interessados, informou Michael Sherman, responsável pela área de comunicação da empresa. Espera-se alcançar US$ 18 milhões (R$ 67 milhões) com a obra, em formato quadrado de 56,7 centímetros, e que foi doada ao MAM pelo milionário norte-americano Nelson Rockefeller em 1952.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo por e-mail na segunda-feira, 22, Sherman contou que a raridade da obra está movimentado o mercado. "Esta é uma obra de arte muito especial, pois é uma das pinturas por gotejamento de Jackson Pollock que são reverenciadas em todo o mundo como a personificação do estilo do artista e do movimento do expressionismo abstrato", disse. "Não é sempre que um trabalho desse calibre vai a leilão. Estamos muito satisfeitos e honrados por apresentar esta obra na nossa noite de venda de arte contemporânea do século 20".

Segundo Sherman, já foi manifestado interesse "significativo de vários revendedores e colecionadores pela pintura". Ele disse que não é raro para a Phillips leiloar peças que pertencem a coleções de museus. A tela era até então a única obra do artista norte-americano aberta à visitação no Brasil. Será a primeira vez que um grande museu vai se desfazer de um item de seu acervo para se capitalizar. A iniciativa gerou controvérsia no mundo das artes e um grupo de artistas, marchands e curadores lançou um manifestando com críticas à ideia.

PERDA PARA O MAM

A instituição carioca, que acaba de completar 70 anos, vive dificuldades financeiras. Com os recursos levantados, pretende criar um fundo, cujos rendimentos devem permitir, segundo seu presidente, Carlos Alberto Chateaubriand, que o museu seja autossustentável por pelo menos 30 anos. O objetivo é melhorar sua infraestrutura e atualizar seu acervo de arte brasileira. Em março, quando do anúncio da venda, o MAM divulgou que esperava chegar a um valor bem superior, US$ 25 milhões (hoje, R$ 92,5 milhões).

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